Do G1 Rio
Um acidente entre dois trens no ramal Japeri da Supervia, por volta das 20h20, desta segunda-feira (5) deixou pelo menos 140 feridos. Segundo a concessionária, uma composição bateu na traseira de outra que estava parada na altura da estação Presidente Juscelino, em Mesquita, na Baixada Fluminense. A circulação foi suspensa no ramal.
Soldados do Corpo de Bombeiros do Catete, na Zona Sul do Rio, de Parada de Lucas, no Subúrbio, e de Nova Iguaçu, Nilópolis e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, atuaram no socorro às vítimas.
Os feridos foram levados para quatro principais unidades de saúde: Hospital da Posse, em Nova Iguaçu; Albert Schweitzer, em Realengo; Getúlio Vargas, na Penha; e Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias. Segundo o secretário de Transportes, Carlos Osório, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região também prestou apoio no socorro às vítimas.
Somente no Hospital da Posse foram atendidas 129 vítimas, segundo informou a assessoria de imprensa. Dessas, 47 já receberam alta e 60 devem deixar a unidade nas próximas horas. Os demais estão passando por exames para a definição dos procedimentos que serão adotados.
Pelo menos outras 10 foram levadas para o Hospital Albert Schweitzer. Os hospitais Getúlio Vargas e Adão Pereira Nunes também teriam recebido ao menos 8 feridos, mas ainda não divulgaram balanço oficial.
Às 22h30, a Supervia informou que todos os feridos foram retirados das composições e receberam atendimento inicial no local. Equipes da concessionária trabalhavam para que a circulação no ramal fosse normalizada na manhã da terça-feira (6) – o primeiro trem sai às 4h25. Para que os demais passageiros pudessem prosseguir viagem, foram distribuídos vales aceitos por outros meios de transporte.
Segundo o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, a expectativa era de liberar o ramal ainda na noite desta segunda.
“A informação preliminar que recebi é que o trem que se chocou era reformado, não era novo, mas não estava na iminência de ser substituído. As novas composições já estão contratadas para serem substituídas até o final do ano. Era uma operação normal de embarque e desembarque de passageiros. A causa foi o trem que se chocou, mas vamos aguardar o detalhamento das investigações”, disse.
Segundo o secretário, o maquinista pode ser testemunha importante do acidente. “A informação que recebemos é que o maquinista não sofreu ferimentos e ele será ouvido por investigadores. Temos ele como testemunha, que é o próprio maquinista. Não temos previsão, mas vamos trabalhar para que esse ramal seja liberado ainda essa noite”, afirmou Carlos Roberto Osório.
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) abriu um boletim de ocorrência para apurar as causas do acidente. A agência informou que técnicos foram para o local para começar a investigação e para avaliar a qualidade do atendimento aos feridos e aos usuários do sistema pela concessionária Supervia. Os procedimentos adotados pela concessionária para o restabelecimento da operação no ramal também serão avaliados, informou a Agetransp.
O presidente da Supervia, Carlos José Cunha, afirmou que ainda era prematuro falar sobre o fato que pode ter ocasionado a colisão e afirmou que cerca de 112 passageiros foram atendidos após o acidente.
Um acidente entre dois trens no ramal Japeri da Supervia, por volta das 20h20, desta segunda-feira (5) deixou pelo menos 140 feridos. Segundo a concessionária, uma composição bateu na traseira de outra que estava parada na altura da estação Presidente Juscelino, em Mesquita, na Baixada Fluminense. A circulação foi suspensa no ramal.
Os feridos foram levados para quatro principais unidades de saúde: Hospital da Posse, em Nova Iguaçu; Albert Schweitzer, em Realengo; Getúlio Vargas, na Penha; e Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias. Segundo o secretário de Transportes, Carlos Osório, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região também prestou apoio no socorro às vítimas.
Somente no Hospital da Posse foram atendidas 129 vítimas, segundo informou a assessoria de imprensa. Dessas, 47 já receberam alta e 60 devem deixar a unidade nas próximas horas. Os demais estão passando por exames para a definição dos procedimentos que serão adotados.
Pelo menos outras 10 foram levadas para o Hospital Albert Schweitzer. Os hospitais Getúlio Vargas e Adão Pereira Nunes também teriam recebido ao menos 8 feridos, mas ainda não divulgaram balanço oficial.
Segundo o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, a expectativa era de liberar o ramal ainda na noite desta segunda.
“A informação preliminar que recebi é que o trem que se chocou era reformado, não era novo, mas não estava na iminência de ser substituído. As novas composições já estão contratadas para serem substituídas até o final do ano. Era uma operação normal de embarque e desembarque de passageiros. A causa foi o trem que se chocou, mas vamos aguardar o detalhamento das investigações”, disse.
Segundo o secretário, o maquinista pode ser testemunha importante do acidente. “A informação que recebemos é que o maquinista não sofreu ferimentos e ele será ouvido por investigadores. Temos ele como testemunha, que é o próprio maquinista. Não temos previsão, mas vamos trabalhar para que esse ramal seja liberado ainda essa noite”, afirmou Carlos Roberto Osório.
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) abriu um boletim de ocorrência para apurar as causas do acidente. A agência informou que técnicos foram para o local para começar a investigação e para avaliar a qualidade do atendimento aos feridos e aos usuários do sistema pela concessionária Supervia. Os procedimentos adotados pela concessionária para o restabelecimento da operação no ramal também serão avaliados, informou a Agetransp.
O presidente da Supervia, Carlos José Cunha, afirmou que ainda era prematuro falar sobre o fato que pode ter ocasionado a colisão e afirmou que cerca de 112 passageiros foram atendidos após o acidente.
“Uma forma de pedirmos desculpas é o atendimento aos passageiros. Estamos trabalhando para amanhã [terça-feira], a partir das 4h, estar em total normalidade. Conversar com o maquinista será a terceira etapa do nosso procedimento, onde poderemos ver a velocidade e a localidade em que ele estava. Obviamente isso é uma anormalidade. Alguma coisa fugiu do procedimento normal. Tudo será avaliado, apurado, para poder saber aonde foi a falha”, afirmou o presidente.
A Linha Japeri da Supervia tem início na Central do Brasil e termina em Japeri, na Baixada Fluminense. Ao todo, há 21 estações nessa linha. São elas: Central do Brasil, Maracanã, Silva Freire, Estação Olímpica de Engenho de Dentro, Cascadura, Madureira, Deodoro, Ricardo de Albuquerque, Anchieta, Olinda, Nilópolis, Edson Passos, Mesquita, Presidente Juscelino, Nova Iguaçu, Comendador Soares, Austin, Queimados, Engenho da Pedreira e Japeri.
Ana Cláudia Pereira da Silva de Oliveira, de 53 anos, que trabalha no Engenho de Dentro, no Subúrbio, estava no meio do vagão feminino quando, segundo disse, já chegando à estação de Presidente Juscelino, houve um estrondo muito forte e uma colisão violenta, que chegou a amassar as barras de ferro em que os passageiros se seguravam.
A luz se apagou e ela disse que houve muito pânico, gritos e correria. Muita gente perdeu bolsas e celulares, de acordo com ela, e, quando conseguiu ser retirada do vagão por pessoas que estavam do lado de fora do trem ajudando os passageiros, pôde ver que muitos passageiros estavam machucados com cortes na cabeças, nas costas, e nos pés.
“Eu tive sorte, mas também estou machucada. Bati a cabeça e as costas e estou com muita dor. Estou indo para a UPA para examinarem”, contou ela, por volta das 21h30, num ponto de ônibus, à espera da condução para ir à clínica.
Ana Cláudia disse que o trem estava muito cheio e que deveriam ser 20h30 quando o trem bateu em outra composição.
“Em Madureira eu esperei três Japeris passarem para conseguir entrar. Resolvi ficar no vagão das mulheres porque estava um pouco mais vazio”, contou ela, acompanhada de uma amiga que também se feriu no acidente e estava indo com ela na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mesquita.
O bancário Thiago Portela, de 28 anos, contou ao G1 que estava no último vagão do trem que estava parado na estação antes do acidente. De acordo com ele, que não se machucou, a composição já havia apresentado outros problemas durante o trajeto e passageiros haviam reclamado por conta de inúmeras paradas no percurso.
“Eu estava no último vagão e o trem já vinha parando. O outro trem veio por trás e foi um batidão. Tinha muita gente machucada, sangrando, teve gente que caiu do lado de fora da plataforma. O outro trem ficou com a frente toda amassada. Teve gente com boca sangrando, com cortes. Era uma cena de guerra. Tinha uma fumaça grande e as pessoas acharam que o trem ia explodir. Parece que eu nasci de novo”, afirmou.
Feridos foram atendidos pelos bombeiros no próprio local do acidente. O atendimento de emergência do Hospital Geral de Nova Iguaçu (Hospital da Posse), por sua vez, informou que passageiros com ferimentos leves estavam chegando por conta própria para atendimento.
No Twitter, passageiros relataram que houve um descarrilamento antes da colisão, o que foi negado pela concessionária. A circulação foi suspensa no ramal Japeri, segundo a concessionária (veja a íntegra da nota abaixo).
Nota da Supervia:
“Às 20h20 desta segunda-feira (05/01), um trem que seguia da Central do Brasil para Japeri abalroou outra composição que se encontrava na estação Juscelino. O Corpo de Bombeiros e o Grupamento de Polícia Ferroviária (GPFer) foram imediatamente acionados para prestar o atendimento necessário. Técnicos da SuperVia estão no local para apurar as causas do incidente e dar a assistência necessária aos passageiros. Devido a essa ocorrência, a circulação no ramal Japeri encontra-se suspensa. A SuperVia prestará todo o atendimento necessário aos passageiros.”