Na manhã deste domingo (6), a dupla Ágatha e Duda (PR/SE) fechou com chave de ouro a temporada 2020. Na final da quinta etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, que reuniu as duas duplas que vão representar o Brasil em Tóquio em 2021, elas fizeram 2 sets a 0 (21/18 e 21/17) no time formado por Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE), na quadra central da arena montada no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ). Foi o terceiro título delas na temporada e a nona deste tipo desde a formação da equipe. A vitória rendeu 400 pontos no ranking de 2020, e a dupla aumentou a vantagem na liderança com 1920 pontos. A segunda posição está com Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE), que tem 1760. Talita e Carol Solberg (AL/RJ) somam 1520, e estão em terceiro.
A medalhista olímpica Ágatha soma agora 16 títulos em etapas de Open. A paranaense destacou os desafios impostos por uma temporada tão atípica, e comemorou os objetivos alcançados. “Foi um ano desafiador para todos. Vivemos a dificuldade do ano, tivemos momentos de angústia. Mas conseguimos ‘virar a chave’, e voltamos a treinar com uma energia boa e com o objetivo bem ousado. E do mesmo modo que demos o nosso máximo em todas as etapas, é difícil manter esse ritmo, nessa época do ano já estaríamos diminuindo o nosso giro. E desta vez foi diferente, tivemos que aumentar ainda mais o ritmo nessa reta final, conseguimos o ouro e o primeiro lugar no ranking, então estamos muito satisfeitas e vamos tirar uns dias de férias para voltarmos renovadas em 2021”, avaliou Ágatha.
Duda foi eleita a melhor da partida e chegou ao décimo título de Open na carreira. A jovem sergipana fez uma retrospectiva do ano. “Tivemos aquela parada de cinco meses, em razão de toda a situação da pandemia, treinamos separadas, sozinhas. Quando nos reencontramos no dia 6 de julho para começar a preparação com um objetivo definido, a nossa volta às competições, a volta do Circuito Brasileiro, e ir galgando os degraus, subindo de produtividade. Tudo isso culminou nesse momento, de fechar a temporada com os objetivos alcançados é uma alegria imensa. E jogar contra a Ana e a Rebecca é sempre difícil, pois nos conhecemos muito bem, o que engrandece ainda mais o nosso título”, comentou Duda.
A rodada decisiva deste domingo teve início com a partida que valeu o bronze inédito para Elize Maia/Thâmela (ES). A dupla capixaba tinha chegado às semifinais pela primeira vez na etapa passada, e, desta vez subiu um degrau ao alcançar um lugar no pódio. Elas venceram Talita e Carol Solberg (AL/RJ) por 2 sets a 0 (21/18 e 21/18). A medalha foi a primeira da jovem Thâmela, de 20 anos, que comemorou bastante a conquista. “Estou muito feliz, viemos de um ano muito difícil, ficamos paradas quase sete meses. E poder voltar a competir, fazer o que amamos, é sensacional. E estou começando ainda no cenário nacional, uma equipe nova, ainda em construção. Eu sempre me inspirei muito na Carol Solberg e na Talita, então vencer esse jogo é um sonho, estou bastante feliz”, disse Thâmela. A experiente Elize Maia volta ao pódio depois de três anos, e conquistou a primeira medalha depois do nascimento da filha Antônia, de um ano e quatro meses. A capixaba falou sobre a importância do bronze no momento da carreira.
“Este foi um ano marcante para todo o planeta, precisamos mudar muitos paradigmas, se adaptar e superar. E foi o primeiro ano da minha filha (Antônia) e foi um desafio manterm-me como atleta e mãe, então um pódio no final desse ano tão desafiador abre as portas para tempos melhores em 2021”, contou Elize.
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Matéria extraída da Agência Brasil