Você sente algum incômodo nos seus olhos? Sensação de corpo estranho no olho, embaçamento visual ou olho vermelho? Esses sintomas podem estar atrelados a uma doença ocular chamada ‘Síndrome do Olho Seco”. O problema afeta mais de 18 milhões de pessoas no Brasil, segundo dados do centro oftalmológico Eye Clinic, e entre as causas está o uso excessivo de computadores e smartphones. A consulta regular com o oftalmologista é essencial para diagnosticar precocemente a doença e garantir uma melhor qualidade de vida do paciente.
O presidente da Sociedade Sergipana de Oftalmologia, Dr. Allan Luz, explica que a Síndrome do Olho Seco é uma doença crônica que ocorre quando os olhos não produzem lágrimas suficientes ou quando a qualidade das lágrimas é inadequada. As causas são multifatoriais e podem estar relacionadas a fatores como idade avançada, uso frequente de aparelhos eletrônicos e até mesmo o clima.
“O clima e o ambiente podem influenciar no desenvolvimento da doença porque a exposição prolongada a ar-condicionado, poluição e clima seco associado à baixa umidade do ar, prejudicam a lubrificação do olho. os números estão crescendo devido ao aumento do uso de computadores e smartphones”, afirmou.
Já em relação à influência do uso de telas, Dr. Allan Luz detalha que o uso implica na quantidade de vezes que a pessoa pisca, o que contribui para o problema.
“Quando você fica na frente de uma tela você pisca muito menos do que quando você não está. O normal seria piscar em torno de 15 vezes por minuto, mas quando você está na frente de uma tela você só pisca seis vezes. Essa quantidade menor de piscadas faz com que você fique mais tempo com o olho exposto, favorecendo o processo evaporativo”, afirmou o especialista.
Diagnóstico e tratamento
A ‘Síndrome do Olho Seco” é algo tão comum e preocupante que o mês de julho é também dedicado à conscientização sobre a doença e a necessidade de ir ao oftalmologista. A busca pelo tratamento não está apenas associada à qualidade de vida, uma vez que o tratamento pode prevenir processos infecciosos e até mesmo acidentes.
“A importância de conscientizar e buscar o tratamento é que, primeiro, a lágrima é a primeira barreira de proteção. A lágrima contém fatores que protegem a superfície da córnea, a superfície do olho, protege de infecções. Se você não tem uma lágrima justa, uma lágrima adequada, acaba perdendo essa capa de proteção, favorecendo um maior aparecimento de lesões e de infecções”, alertou o Dr. Allan Luz.
Além disso, a tecnologia é uma aliada no tratamento e proporcionou uma evolução de lágrimas artificiais nas últimas décadas. Segundo o especialista, hoje já existem lágrimas sem conservantes, que não danificam a superfície ocular e possuem várias formulações que favorecem a cicatrização.
Ainda de acordo com o Dr. Allan Luz, o tratamento é essencial par proteger o olho de possíveis infecções e melhorar a qualidade de vida do paciente, já que sem lágrima você perde qualidade visual.
“Sem lágrima, a visão fica embaçada e isso pode comprometer, por exemplo, uma pessoa que está no trânsito, que tem que piscar muitas vezes para poder ver um semáforo e um carro que vem do lado”, finalizou o presidente da Sociedade Sergipana de Oftalmologia.
Sobre o Dr. Allan Luz
Especialista em transplante de córnea, no tratamento da ceratocone e na realização de cirurgia refrativa, Dr. Allan Luz é formado pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e iniciou suas atividades acompanhando o Dr. Mário Ursulino, fundador do Hospital de Olhos de Sergipe (HOS), referência em oftalmologia no estado. Atualmente é professor e coordenador do curso de especialização do HOS, pioneiro e único na área em Sergipe, e está como presidente da Sociedade Sergipana de Oftalmologia.
Dr. Allan Luz possui doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) e premiações nacionais e internacionais. Também é palestrante, acumulando em sua trajetória mais de 100 aulas em congressos e simpósios nacionais e internacionais, além de 40 artigos reproduzidos nas mais respeitadas publicações científicas.
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Fonte: ascom/divulgação