A Polícia Civil de Sergipe efetuou a prisão de quatro pessoas envolvidas com o assassinato do vereador Lenaldo Pereira, vice-presidente da Câmara de Vereadores de Cumbe, crime ocorrido no dia 5 de fevereiro, no Bar do Gil, no povoado Forte, município de Cumbe. Foram presos Jardiel Pereira Azevedo, conhecido como ‘Jardiel’, José Cleto Santos Silva, o ‘Creto’, e Laelsinho Santana Silva, vulgo ‘Bico Podre’, e José Barros dos Santos, conhecido como ‘Zé Barros’.
De acordo com o delegado Felipe Tócori, o motivo do crime seria desavenças pessoais entre José Cleto e o vereador. Durante o decorrer das investigações, ficou comprovado que no passado a vítima teria denunciado algumas atividades ilegais de José Cleto a polícia. “Creto não se conformou com a interferência do vereador e passou a adiá-lo por isso”, explicou o delegado.
Em virtude disso, José Cleto reuniu alguns comparsas e passou a tramar a morte do parlamentar. No 31 de janeiro deste ano, cinco dias antes do crime, Creto, Jardiel e Bico Podre se reuniram no bar de Zé Barros, no povoado Coité, para acertar os detalhes da execução. “Eles planejaram a morte do vereador para o domingo, dia 5, porque sabiam que o parlamentar estaria dando uma festa para um amigo no povoado Forte”, disse o delegado.
No dia do crime, ambos chegaram em um veículo conduzido por José Cleto, que logo depois entrou no bar e passou a lutar com o vereador. No entanto, ao perceber que Cleto não conseguia dominá-lo, Jardiel entrou no estabelecimento e desferiu dois tiros de revólver nas costas do vereador. “Quando a vítima caiu, Bico Podre se aproximou e para se certificar que morreria disparou mais um tiro em direção a cabeça da vítima”, ressaltou o delegado.
Algumas testemunhas reconheceram os acusados, que após o crime fugiram de motocicleta. Segundo as investigações, José Cleto foi para a casa de um primo no povoado Araça para pedir para ele guardar a arma do crime. “Só que o primo se negou a esconder a arma e ele foi embora para guardar o revólver em outro local”, disse Tócori.
Os executores do crime vão responder pelo crime de homicídio e roubo, já que levaram R$ 65 de um frequentador do bar. Zé Barros foi preso em virtude de ter ameaçado uma testemunha que apontou Jardiel, cunhado dele, como um dos autores dos disparos. “Enquanto estavam em liberdade eles dificultaram ao máximo o trabalho policial, por isso a Justiça autorizou a prisão dos acusados”.
O último suspeito de ter participado do crime foi preso na última sexta-feira, 23. Três dos integrantes do bando foram presos no município de Nossa Senhora das Dores e um, na cidade de Cumbe.
SSP/SE