Em uma reunião a portas fechadas o DEM aprovou, na manhã desta quarta-feira (6), por aclamação, a fusão com o PSL, antiga legenda do presidente Jair Bolsonaro. A votação ocorreu minutos antes da primeira convenção nacional, que acontece em Brasília, e oficializa a fusão das legendas. O evento, presencial, reuniu lideranças de diferentes siglas que tentam viabilizar uma terceira via na disputa presidencial de 2022 e enxergam no União Brasil – nome que terá a sigla a ser formada – um aliado estratégico.
Para além os caciques do DEM e do PSL, entre os presentes ao evento desta quarta estavam o presidente do PSDB, Bruno Araújo, o presidente do Cidadania, Roberto Freire, o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões, e até mesmo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda.
De acordo com o presidente do PSL, Luciano Bivar, a fusão do DEM com o PSL acontece em meio a dificuldades em levar “propostas de interesse nacional ao Congresso”. “A fusão traz um sentimento maior de união. Não adianta ter partidos isolados com interesses mesquinhos. É uma forma de trazer mais eficiência à pauta nacional”, afirmou Bivar que será o presidente nacional da nova sigla.
A diretoria do PSL já havia confirmado posição favorável em 28 de setembro. A expectativa agora é de que os partidos corram com os trâmites burocráticos para garantir que a nova sigla esteja apta a participar das eleições de 2022. Para isso, é necessário que o Tribunal Superior Eleitoral aprove a fusão até março do próximo ano.
Entretanto, ao longo do dia que antecedeu a convenção, integrantes regionais das siglas, especialmente ligados ao PSL, mantiveram tratativas sobre como será organizado o comando nos estados. As discussões se estenderam pela madrugada. Ficou acertado que neste primeiro momento será constituída uma comissão instituidora que vai regularizar as comissões estaduais.
Os impasses regionais também têm travado avanços na discussão sobre o nome que o novo partido apoiará para presidência da República. De certo, apenas que ele fará oposição tanto ao atual presidente da República, Jair Bolsonaro, quanto ao ex-presidente Lula.
Voto vencido de Onyx
Filiado ao DEM, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Onyx Lorenzoni, votou contra a união das legendas. Apesar de ter sido vencido, o ministro pediu para que seu voto fosse contando na ata da convenção.
O desgosto de Onyx com o PSL provém da racha do presidente Jair Bolsonaro com o partido. Bolsonaro deixou a sigla em 2019, após uma briga pública com Luciano Bivar, e desde então, segue sem partido.
Em discurso, o presidente do DEM, ACM Neto afirmou que o União Brasil será o maior partido do país. Espera-se, no entanto, que aliados do governo Bolsonaro deixem as siglas no período das janelas partidárias.
Fonte: Congresso em Foco
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