Duda é um dos destaques do vôlei de praia
(Foto: Túlio Moreira/Divulgação)
Por Guilherme Costa, Globo Esporte/São Paulo
A frase “Não é a minha praia” se encaixa perfeitamente no momento vivido por Duda Lisboa nos Jogos Escolares. Campeã dos Jogos Olímpicos da Juventude na China, e no Mundial escolar em Sergipe, ambos no vôlei de praia, ela searriscou na quadra para a disputa dos Jogos Escolares Brasileiros, que estão sendo disputados nesta semana em Londrina (PR). O resultado foi negativo, derrota da equipe sergipana para as paulistas por 2 a 0. A atleta de 17 anos explica a diferença de jogas as duas modalidades:
– Na quadra eu joguei três ou quatro vezes na minha vida, não me dou bem. Não sinto o mesmo prazer, é totalmente diferente. Desde criança eu jogo na praia, muda tudo. É muita gente dentro da quadra, é muita força usada, é outro esporte. Minha mente já está estabilizada na praia – explicou a jogadora, que participou na quadra pois o vôlei de praia ocorreu na semana passada, quando estava no Circuito Nacional adulto.
É a última vez que Duda joga os Jogos Escolares, já que, aos 17 anos, está completando o ensino médio em Aracaju. Há dois anos, quando tinha 15, foi medalha de prata no Mundial sub-23. Subiu ao pódio também no Mundial sub-21 (duas pratas) e levou o ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude, na China. Ela já é uma aposta para os Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio (Japão). Por isso, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) a enviou para algumas etapas do Circuito Mundial, em que conquistou o bronze na etapa da República Tcheca, e prata no México:
– Tem muita dupla boa no Brasil, por isso não deu para brigar para jogar as Olimpíadas do Rio. Tem Larissa/Talita, Bárbara/Ágatha, Maria Elisa/Juliana. É muita gente. Mas acho que para 2020 será mais fácil, a nova geração vai começar a dominar – disse.
Uma das atletas mais experientes do time, Duda pouco consegue acompanhar as colegas no colégio. Por conta de muitas viagens pelos circuitos de vôlei de praia, a frequência nas aulas é baixa. Mas há uma responsabilidade pelo estudo:
– Sou boa aluna, mas não tenho convivo com os alunos. Tenho um estudo online. A escola manda trabalhos e estudo. Dia 20, por exemplo, eu tenho que entregar os trabalhos deste semestre – disse.
Próxima de se formar no colégio, Duda já pensa em fazer uma faculdade. Não quer educação física, curso comum entre os atletas, mas ainda tem dúvidas em que área seguir:
– Quero fazer uma faculdade para jogar torneios universitários. Eu não sei ainda o quê, eu não queria educação física. Quero alguma coisa para ajudar as pessoas, tipo serviço social – disse a atleta, aposta para os Jogos de 2020.
O time de Sergipe, representado pela escola IDFG, joga contra o Pará nesta quarta-feira, em partida válida pela segunda rodada.
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