por Gabriel Ribeiro, para o TechTudo
Quando acessamos algum site para pesquisar sobre um produto ou assunto e abrimos o Facebook em seguida, a rede social está cheia de anúncios com o mesmo tema. Estranho? Isso acontece porque, além das interações dentro do site, como as páginas curtidas e compartilhadas, a plataforma também absorve informações baseadas na navegação da Internet — via qualquer navegador ou aplicativo. Assusta? Felizmente, é possível limitar um pouco o alcance dessas “invasões”.
A forma como o Facebook lida com suas informações é um pouco complexa, mas não é diferente do que acontece com outros sites. Para tentar ser mais assertiva — e exibir posts que você vai gostar —, a rede social adota um sistema de publicidade baseado nos seus interesses online.
Ouseja, além de rastrear toda a sua atividade dentro do próprio Facebook, a rede consegue identificar quais sites você acessa. Isso também inclui outros aplicativos, não apenas os da empresa como o WhatsApp ou o Facebook Messenger.
Para isso, o Facebook trabalha com os provedores de dados. Empresas como a Acxiom, Datalogix e Epsilon são especializadas na coleta e análise dessas informações e as enviam para a rede social.
A sequência é mais ou menos assim: o usuário visita um site ou aplicativo parceiro do Facebook, esse site contém um plugin e esse plugin grava as suas informações e as envia para a rede social. Se esse site for uma empresa anunciante, muito provavelmente o produto que você pesquisou ou foi exposto em alguma loja online — e ainda não comprou — irá aparecer como ads no seu perfil.
Entretanto, caso esse site não for anunciante, o Facebook poderá mostrar propagandas de outros anunciantes — com tema similar — baseadas na mesma pesquisa. A empresa explica que se você começa a pesquisar aleatoriamente sobre uma TV, o sistema de anúncio pode identificar o interesse em eletroeletrônicos e mostrar anúncios parecidos, como alto-falantes ou videogames.
Configurando anúncios
O problema é que muitas vezes esses anúncios são acusados de serem invasivos — mostrando ads de temas mais sensíveis que você pesquisou como um problema médico ou um produto que queira manter em segredo. Além disso, a tecnologia usada ainda não consegue identificar se o produto já foi comprado. Mesmo após concluir a compra, a propaganda do produto ainda será visto e pode ficar se repetindo eternamente na sua tela.
A boa notícia é que dá para evitar o abuso de anúncios na rede social. O próprio Facebook permite alterar a configuração. Uma dica é pesquisar produtos utilizando o modo anônimo do navegador. Como não grava cookies, os anúncios não serão vinculados ao seu perfil no Facebook e você não os verá.
É possível também limitar essa coleta de dados na própria rede social. Para isso vá em Configurações e clique em Anúncios. Lá é possível desativar todas as opções, incluindo os anúncios baseados em sites e aplicativos usados.
Outra forma de ver menos anúncios é ocultá-los na própria timeline. Dessa forma não vai diminuir o número de anúncios vistos na rede, mas é possível ocultar toda a publicidade de uma determinada empresa.
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