Por Combate.com, Las Vegas, EUA
“Basta acreditar que um novo dia vai raiar, sua hora vai chegar”. A música escolhida por Amanda Nunes para entrar no octógono, “Tá Escrito”, do Grupo Revelação”, anunciou o que estava por vir. A hora da Leoa chegou e chegou em grande estilo. Uma atuação impecável, aliando potência e técnica nos golpes, fez ela se tornar a primeira mulher do país campeã do Ultimate. Aos 3m16s do primeiro assalto, a brasileira finalizou Miesha Tate com um mata-leão e se tornou a nova rainha do peso-galo feminino da organização, na luta principal do UFC 200, na madrugada deste sábado para domingo, na T-Mobile Arena, em Las Vegas (EUA).
Esta foi a 13ª vitória da carreira de Amanda Nunes em 17 lutas. A brasileira venceu o quarto confronto consecutivo e foi a terceira atleta tupiniquim a ter a chance de disputar o cinturão, após Bethe Correira, derrotada por Ronda Rousey, e Cláudia Gadelha, superada nesta sexta-feira por Joanna Jedrzejczyk, terem suas oportunidades. Do outro lado, Tate teve quebrada uma invencibilidade que durava cinco combates. Foi o sexto revés na carreira da Cupcake, que também tem 18 triunfos no cartel.
– Acho que todo lutador tem a chance de mudar a sua maneira de lutar e sou esse tipo de lutadora. Sempre busco uma alternativa para fazer as coisas acontecerem na minha vida. A Miesha é uma oponente muito difícil, respeito a Miesha demais, mas sou a nova campeã. Há 10 anos venho trabalhando muito forte e agora me sinto muito bem para voltar para o Brasil. É para você, vó, estou voltando. Há um ano não vejo minha família, esperando melhor momento para voltar e vou levar isso (o cinturão) comigo. Logo no começo, quando ela começou a ficar muito machucada, controlei um pouco e bati mais forte para ela não voltar, porque sabia que ela voltaria mais forte no segundo round – afirmou Amanda, emocionada com a vitória.
A luta
A brasileira começou com um chute baixo, seguido de uma esquiva para evitar entrada em queda da campeã. A Leoa conectou um direto de encontro, e Miesha entrou com double leg para derrubar, mas Amanda se levantou rapidamente e deixou uma direita na saída. A americana buscava a luta agarrada e tomou uma invertida, mas a brasileira preferiu ficar de pé e voltou a golpear. As combinações de boxe passaram a entrar com precisão. A Cupcake caiu e sangrava no rosto. Uma entrada em queda fez a Leoa defender e transitar para as costas. Com a voracidade que o apelido explica, ela golpeou a cabeça da rival, colocou os ganchos, encaixou o mata-leão e entrou para a história.
UFC 200
9 de julho de 2016, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Amanda Nunes venceu Miesha Tate por finalização aos 3m16s do R1
Brock Lesnar venceu Mark Hunt por decisão unânime (triplo 29-27)
Daniel Cormier venceu Anderson Silva por decisão unânime (triplo 30-26)
José Aldo venceu Frankie Edgar por decisão unânime (49-46, 49-46, 48-47)
Cain Velásquez venceu Travis Browne por nocaute técnico aos 4m57s do R1
CARD PRELIMINAR
Julianna Peña venceu Cat Zingano por decisão unânime (triplo 29-28)
Johny Hendricks venceu Kelvin Gastelum por decisão unânime (29-28, 30-27, 30-27)
TJ Dillashaw venceu Raphael Assunção por decisão unânime (triplo 30-27)
Sage Northcutt venceu Enrique Marin por decisão unânime (triplo 29-28)
Joe Lauzon venceu Diego Sanchez por nocaute técnico a 1m26s do R1
Gegard Mousasi venceu Thiago Marreta por nocaute aos 4m32s do R1
Jim Miller venceu Takanori Gomi por nocaute técnico aos 2m18s do R1
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