A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira 13, em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, que irá propor um pacto, inclusive com a oposição, caso o impeachment seja derrotado. Questionada se aceitará participar de um pacto caso seja afastada do cargo, afirmou que, neste caso, será “carta fora do baralho”.
“Digo qual é o meu primeiro ato pós votação na Câmara. A proposta de um pacto, de uma nova repactuação entre todas as forças políticas, sem vencidos e sem vencedores. Seja pós-Câmara mas também pós-Senado, sobretudo. No pós senado é que isso será mais efetivo”, afirmou a presidente.
A dois dias do início da discussão no plenário da Câmara sobre o relatório favorável ao seu afastamento aprovado na comissão especial na última segunda-feira, a presidente recebeu em seu gabinete um grupo de jornalistas de dez veículos de comunicação para uma conversa que durou mais de duas horas.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil divulgada nesta manhã sobre a entrevista:
Dilma concede entrevista a veículos de comunicação
Da Agência Brasil – A presidenta Dilma Rousseff deverá conceder entrevista a dez veículos de comunicação, hoje (13) às 11h, no Palácio do Planalto. A entrevista será acompanhada pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva.
Com a publicação hoje no Diário da Câmara dos Deputados do parecer do relator do impeachment, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que pede a continuidade do processo, começa a contar o prazo de 48 horas para que o texto entre na pauta de votações.
A partir da manhã de sexta-feira (15), o parecer começa a ser discutido pelos 513 deputados. Como a expectativa é de que os debates se estendam por mais de um dia, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), antecipou ontem um calendário que segue até domingo (17), com previsão de concluir a votação do impeachment até as 21h.
Hoje à tarde, Dilma participa da cerimônia de assinatura de renovação de contrato de arrendamento entre a Secretaria Especial de Portos e o Terminal de Contêineres de Paranaguá, no Paraná. O ato está previsto para as 15h, no Palácio do Planalto.
Redação Brasil 247