As Forças Armadas vão atuar com 57 mil militares durante a Copa do Mundo Fifa 2014. O emprego das tropas será em eixos exclusivos de defesa, como o controle aeroespacial e do espaço aéreo, marítimo e fluvial, segurança de estruturas estratégicas, defesa cibernética, contraterrorismo e defesa química, biológica, radiológica e nuclear.
Desse total, 21 mil vão compor a força de contingência, preparada para agir em caso de eventualidade. A afirmação foi feita pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, na tarde de hoje, em coletiva de imprensa internacional, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
Na ocasião, Amorim explicou que, deste total, serão 35 mil homens do Exército, 13 mil da Marinha e nove mil restantes da Aeronáutica. “Nossas tropas estão absolutamente treinadas e equipadas para o ambiente específico da Copa. E, no momento, elas estão realizando os últimos exercícios conjuntos, inclusive com as outras forças do Ministério da Justiça.”
O ministro explicou como será a governança do plano de ação da Defesa. O planejamento está dividido em um comando nacional, a cargo do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), em Brasília.
Esse órgão instituído se desdobrará em 12 Centros de Coordenação de Defesa de Área (CCDA) nas cidades-sede do evento esportivo. Como algumas seleções irão para centro de treinamento em Vitória (ES), Aracaju (SE) e Maceió (AL), essas cidades estarão operando sob coordenação dos CCDAs do Rio, Salvador e Fortaleza, respectivamente.
Além disso, quatro comandos centralizados vão trabalhar na defesa aeroespacial, fiscalização de explosivos, segurança de defesa cibernética e prevenção ao terrorrismo.
Celso Amorim lembrou que a Marinha, o Exército e a Aeronáutica têm experiência na realização de eventos do tamanho do mundial. “Tivemos observadores militares atuando em eventos internacionais, como a Copa de 2010, na África do Sul, e as Olimpíadas de Londres, em 2012.” E completou dizendo que as Forças trabalharam na Conferência Rio+20, Copa das Confederações e Jornada Mundial da Juventude, que incluiu a visita do Papa Francisco, o que proporcionou aprendizado e segurança de grandes líderes internacionais e chefes de Estado, além da população civil.
Durante a coletiva, Amorim citou os meios que serão empregados pelas Forças. De aeronaves serão: 24 Super Tucano (A 29), dez caças F-5, três aviões radares (E-99), 47 helicópteros (sendo 36 para fiscalização e 11 exclusivos para defesa do espaço aéreo) e 29 aeronaves de apoio. Veículos navais: quatro fragatas, uma corveta, 21 navios-patrulha, um navio de desembarque e 183 lanchas.
A coletiva contou com a presença do chefe do EMCFA, general José Carlos De Nardi; do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; e do secretário extraordinário de Grandes Eventos, Andrei Rodrigues.
A cargo da Justiça, 100 mil homens de órgãos de segurança pública federal, estadual e municipal terão a responsabilidade de proteger a sociedade. Sobre isso, o ministro Cardozo acrescentou: “O melhor momento para a integração é a Copa do Mundo. O Brasil sai diferente em termos de segurança pública depois disso. Começamos a construir uma nova realidade de cooperação entre forças policiais”.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social de Presidência da República