Após intensa movimentação nas mídias sociais, petição organizada para exigir que Renan Calheiros deixe a presidência do Senado ultrapassa um milhão de assinaturas
Após a intensa movimentação nas redes sociais observada nos últimos dois dias, a petição online que pede o impeachment de Renan Calheiros (PMDB-AL), atual presidente do Senado, ultrapassou um milhão de assinaturas por volta das 15h25 de hoje. O organizador do abaixo- assinado na plataforma de mobilização social Avaaz promete enviá-la ao próprio Senado e à Presidência da República quando ela atingir 1,3 milhão de votos.
O número refere-se a 1% do eleitorado nacional e é o montante exigido para que os cidadãos possam protolocar projetos de iniciativa popular no Congresso.
No caso da petição, no entanto, não há qualquer utilidade no número. O organizador da mobilização, Emiliano Magalhães, diz que pretende usá-lo para pressão política.
“Poderemos causar um rebuliço na mídia, desafiar as restrições desta iniciativa popular e exigir a revogação do presidente do Senado, Renan Calheiros”, afirma ele no texto de apresentação do abaixo-assinado.
É possível, no entanto, que parte das assinaturas não sejam válidas. No Facebook, um homem disse que assinou a petição duas vezes. “Apenas usei dois emails diferentes”, escreveu o internauta.
A pressão contra Renan Calheiros tem aumentado nas mídias sociais. O primeiro abaixo-assinado contra ele, que buscava impedir sua chegada à presidência do Senado, teve menos de 500 mil assinaturas.
Em 2010, quando elegeu-se mais uma vez senador, Renan obteve 840 mil votos.
Agora escolhido pelos pares novamente para o cargo de presidente do Senado, ao qual havia renunciado em 2007, ele pode ter um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal sobre o susposto uso de notas frias para justificar os gastos da pensão de sua filha com a jornalista Mônica Veloso. A denúncia foi feita pela Procuradoria Geral da República, que o acusa de peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e uso de documento falso.