O Complexo de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil (Cope) deflagrou na madrugada desta terça-feira, 26, uma operação para prender os responsáveis pela morte do advogado Jarbas Feitoza de Carvalho Filho. O caso foi elucidado 15 dias após o crime.
Na operação, foram presos Alcivan Barbosa de Andrade e Genison Pereira, autor dos disparos. Gutenberg Barreto, mais conhecido como “Papá”, já havia sido preso nos primeiros dias da investigação. Segundo o delegado Dernival Eloi, diretor do Cope, “Papá” era homem de confiança do advogado, mas foi responsável por passar detalhes do cotidiano da vítima, que foi levada até o local do crime, para uma suposta transação com animais.
De acordo com o levantamento, Jarbas foi abordado por Genison, na presença de “Papá”, e acabou sendo alvejado e morto. As investigações tiveram o apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol).
A motivação para a emboscada, segundo os investigadores, foram dívidas contraídas pelos autores do crime junto ao advogado. Além disso, Papá, um homem de confiança de doutor Jarbas, passou a se apropriar do dinheiro da vítima, através de falsos empréstimos. Quando a vítima tomou conhecimento desses falsos empréstimos, fez questão de conhecer as pessoas que Papá dizia ter emprestado dinheiro. O infrator se viu acuado e resolveu executar a vítima.
O delegado Dernival Eloi relatou como foram as diligências para elucidar o crime cometido. ”Nossos investigadores foram até Aquidabã, onde passaram a diligenciar, conforme informações passadas pela Dipol. Já na primeira semana de investigação, percebemos que a versão de latrocínio não tinha como subsistir em razão das contradições contidas no depoimento do Papá”, detalhou Dernival.
“Com essas contradições e as informações da Dipol, o Papá resolveu confessar o crime, então apreendemos com ele um revólver calibre 38, que não foi utilizado no crime, mas nesta arma encontramos uma impressão digital do Alcivan. Com base na confissão de Papá, no dia de hoje nós deflagramos a operação e efetuamos a prisão de mais dois indivíduos, o Genison e Alcivan. O primeiro confessou que executou os disparos e relatou também que recebeu a promessa de receber R$ 10 mil reais pelo crime, sendo que o Papá só fez o pagamento de R$ 1.500,00. Também encontramos a arma supostamente utilizada no crime, suspeita que será confirmada através de exame pericial’’, completou o delegado.
O crime foi planejado para ser feito na cidade de Recife, onde, segundo Genison, o advogado se encontrava visitando um familiar hospitalizado. Ao chegar lá, o executor viu que Jarbas já tinha retornado para Aquidabã. “Todos envolvidos são da cidade Aquidabã, a motocicleta Bros, de cor escura, é de propriedade do Papá, que, segundo o Genison, foi queimada. Estamos diligenciando a fim de encontrar essa moto’’, afirmou o delegado Dernival Eloi.
Segundo o Cope, o crime foi dado como elucidado e, pelas provas, não tem como colocar outra pessoa na cena do crime.
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Matéria extraída do site da SSP/SE