Professores e professoras das redes municipais e estadual de Sergipe lotaram a assembleia realizada nesta ontem, 27, no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, em Aracaju e deliberaram o fim da greve da categoria, iniciada no dia 15 de março. Mas o fim da greve não significa a retirada da luta pela valorização do magistério e contra as medidas promovidas pelo governo golpista de Michel Temer, que visam tiras direitos dos trabalhadores.
O foco agora é a jornada de lutas para a construção da greve geral dos trabalhadores brasileiros, puxada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), prevista para o mês de abril. Os professores e professoras retornam a suas atividades a partir desta terça-feira, 28.
Foi deliberado também nesta segunda-feira, 27, o estado permanente de assembleia e greve, isso significa, que caso o SINTESE convoque a categoria, professores e professoras irão paralisar suas atividades e se unirão aos demais trabalhadores de outras categorias na luta por nenhum direito a menos.
Para a presidenta do SINTESE, professora Ivonete Cruz, professores e professoras construíram uma belíssima resistência e este é o momento de voltar às escolas para levar o debate aos estudantes, pais e mães sobre a importância de todos estarem juntos nesta luta contra a reforma trabalhista e a reforma da previdência.
“O governo golpista de Michel Temer percebeu por meio das manifestações ocorridas no dia 15 de março que nós, trabalhadores e trabalhadoras, não vamos permitir que nossos direitos conquistados com muita luta, suor, sangue e lágrimas sejam retirados. Somente em Aracaju mais de 30 mil trabalhadores foram para as ruas no dia 15 de março. E a luta dos trabalhadores brasileiros deu resultado: não há mais previsão de data para a votação da reforma da previdência no congresso. Mas precisamos ficar atentos. É necessário que neste momento haja unidade de todos os sindicatos e centrais sindicais nesta luta frente as medidas golpistas de Temer. Por isso, nós, professores e professoras da rede pública de Sergipe iremos continuar na resistência e manter uma jornada de lutas para a construção da greve geral dos trabalhadores”, afirma a presidenta do SINTESE.
Veja abaixo a jornada de lutas deliberada e aprova pelos professores e professoras, durante a assembleia desta segunda-feira, 27:
– 30 de março (quinta-feira): audiência pública na Assembleia Legislativa de Sergipe (ALESE), às 14h:30, com a presença do Senador da República Lindbergh Farias, para debater os impactos da reforma da previdência, conduzida pelo presidente ilegítimo Michel Temer, na vida dos trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil;
– 31 de março (sexta-feira): Grande ato contra as reformas da previdência e contra a terceirização. O dia 31 de março será marcado em todo o Brasil por atos é o ‘Dia Nacional de Mobilização e lutas. O SINTESE irá divulgar aos professores e professoras o local e horário do ato que acontecerá em Aracaju;
– Continuar a fazer pressão aos deputados federais e senadores de Sergipe, através da TV, rádio e redes sociais, para que os mesmo se coloquem contra as reformas da previdência e trabalhista capitaneadas pelo governo golpista de Michel Temer. Deixa claro para os deputados e senadores que quem vota contra o povo não volta ao congresso;
– Construção de ato para divulgar resultado da enquete realizada com a população de Aracaju e de diversos municípios sergipanos sobre a Reforma da Previdência e a Privatização da Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO);
– Manter as plenárias nas escolas das redes municipais e estadual com estudantes, pais e mães para conscientizar todos sobre a necessidade de estarem juntos na luta contra a reforma da previdência e a reforma trabalhista;
– Continuar a luta por valorização do magistério sergipano por meio do pagamento do piso para todos e na carreira, conforme estabelece a lei;
– Ato unificado nas rodovias sergipanas
Diálogo com a população
Após o fim da assembleia, professores e professoras tomaram as ruas do Centro de Aracaju e fizeram uma caminhada até a Assembleia Legislativa de Sergipe. A categoria dialogou com a sociedade, anunciou o fim da greve do magistério sergipano e fez questão de deixar claro que a luta por valorização do magistério e contra a retirada de direitos continua.
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Matéria extraída do site do Sintese