Uma reprodução em tela do primeiro mapa a retratar o território sergipano, no ano de 1631, será repassada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) para compor o acervo cultural do município de São Cristóvão. O ato que simbolizou esta iniciativa ocorreu na manhã desta terça-feira, 19, no gabinete do conselheiro-presidente Ulices Andrade, onde esteve presente o prefeito de São Cristóvão, Marcos Santana.
A obra estava exposta no gabinete do conselheiro Carlos Pinna, que idealizou sua nova destinação, uma vez que nela é retratada justamente a antiga vila de São Cristóvão.
“Este é um importante gesto do Tribunal de Contas, que poderia manter esta obra aqui no seu acervo, mas faz questão que ela fique em São Cristóvão; esse gesto é algo muito significativo, estou emocionado porque São Cristóvão precisa de gestos como esse”, disse o prefeito Marcos Santana, acrescentando que, inicialmente, o mapa será exposto no Museu Histórico de Sergipe (MHS).
A ilustração, que indica três igrejas e um cruzeiro, compõe um original manuscrito que integra o atlas de João Teixeira Albernaz – cartógrafo português do século XVII -, pertencente à Mapoteca do Itamaraty (RJ). Já no ano 2000, sua publicação na obra “Imagens de Vilas e Cidades do Brasil Colonial”, de Nestor Goulart Reis, chegou ao conhecimento do conselheiro Carlos Pinna, que logo solicitou a reprodução com maior destaque.
“Há anos atrás recebi a notícia de que havia num livro editado pelo Governo de São Paulo esse mapa de Sergipe antecedente a todos os nossos conhecidos mapas”, explicou o conselheiro.
Já o conselheiro-presidente Ulices Andrade também destacou a importância histórica do mapa, sobretudo enquanto uma peça a mais a ser apresentada aos sergipanos no estudo da origem do Estado.
Estiveram presentes ainda na ocasião os conselheiros Carlos Alberto e Susana Azevedo, além do procurador-geral do MP de Contas, João Augusto Bandeira de Mello.
Histórico
Conforme descrito no livro de Nestor Goulart Reis, no mapa a antiga vila é representada de modo esquemático, “como era comum nos atlas (que tinham principalmente objetivos geográficos)”.
“A povoação representada nesse desenho, que ficava cerca de meia légua acima da foz do Rio Cotinguiba, foi incendiada pelos holandeses em 1637. A cidade atual, terceira com essa denominação, fica junto ao rio Paramopama, que é um ramo do Vaza-barris”, diz na publicação.
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Por Dicom/TCE