O ex-prefeito de Capela (SE), Manoel Messias Sukita Santos, e o ex-secretário de Finanças do município, José Edivaldo Santos, tiveram os cabelos raspados ao darem entrada no Complexo Penitenciário Advogado Jacinto Filho (Compajaf) na tarde de quarta-feira (4). As imagens da ficha criminal deles só foram divulgadas nesta quinta-feira (5).
O registro do prontuário com fotos de frente e de perfil é um procedimento padrão feito com todos os detentos que chegam nas unidades prisionais de Sergipe, assim como o corte de cabelo.
Silvany Yanina Mamlak, esposa de Sukita, e a irmã dele Clara Miranir Santos dividem uma cela na 3ª Delegacia Metropolitana de Aracaju. Elas foram levadas de volta para o local na tarde da quarta-feira (4) depois de terem sido barradas no Presídio Feminino de Nossa Senhora do Socorro, onde agentes penitenciários faziam um protesto.
Todos foram presos na terça-feira (3) durante a Operação POP, deflagrada pelas Polícias Civil e Federal. Os investigados são suspeitos de crimes de responsabilidade e lavagem de dinheiro.
Entenda o caso
O ex-prefeito do município de Capela, Manoel Messias Santos, conhecido por Sukita, foi preso no apartamento dele, em Aracaju, no início da manhã desta terça-feira (3), na relização da Oepração Policial POP que também ocorreu simultaneamente no município. Ele é suspeito de lavagem de dinheiro. A operação também prendeu a esposa e a irmã de Sukita, além de um secretário do município durante sua gestão.
O delegado Roberto Laureano Cury explicou como eram realizadas as transações. “A quadrilha movimentava o valor entre diversas contas da prefeitura que envolviam recursos federais, estaduais e próprios. Esses valores eram sacados em dinheiro em grande quantidade e de forma sistemática e alguns desses valores supostamente, ou aparentemente, iam para as contas desses investigados e eram usados na aquisição de patrimônios para eles”, afirmou.
A Polícia Federal investiga os crimes de lavagem de dinheiro, Lei nº 9.613/89, e de responsabilidade por parte do ex-prefeito, Decreto Lei nº 201/67. Já na Polícia Civil, tramitam três inquéritos policiais para investigar crimes de responsabilidade supostamente praticados por Manoel Messias Sukita Santos durante sua gestão em Capela, condutas descritas no Decreto Lei nº 201/67.
Também existem procedimentos nos Ministérios Públicos Federal e Estadual para apurar atos de improbidade administrativa por parte de Manoel Sukita, ao longo de seus mandatos de prefeito.
Segundo levantamentos realizados pela Controladoria Geral da União (CGU), constam diversos indícios de irregularidades na aplicação e prestação de contas de recursos federais, por parte do ex-gestor, em convênios firmados junto a vários Ministérios referentes a compra de ônibus, saneamento, transporte rural, alimentação escolar, entre outros.
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Informações do G1 SE