O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Sergipe – SINTTRA, aguarda resposta dos vereadores da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) para discussão com a categoria sobre o Projeto de Emenda à Lei Orgânica que visa conceder, permitir ou autorizar serviços de transporte clandestino na Zona de Expansão e Sul da capital.
De acordo com o Presidente do SINTTRA, Miguel Belarmino, a luta dos trabalhadores de transporte público não tem sido reconhecida pela maioria dos parlamentares da CMA e nem tem sido ofertado subsídio para que se possa ser realizada uma alteração que permita o transporte clandestino. “Empregos de 495 motoristas que atuam nas regiões estão comprometidos por causa deste Projeto, que afeta a receita do serviço. Em Aracaju e na região metropolitana, é trabalho diário de mais de 3 mil trabalhadores para sustentar suas famílias, fora os trabalhadores indiretos”, disse.
Esse é apenas um dos pontos colocados pelo Presidente do SINTTRA, pois ele enfatiza que o transporte clandestino não atua com medida segurança nos veículos, nem passam por cursos de formação para atuar no transporte de passageiros. “É importante que os vereadores que votaram a favor deste Projeto, analisem que o clandestino não faz parte do plano de transporte e planejamento urbano da cidade e, principalmente, atua apenas em localidades de interesse de lucro particular, ou seja, um trabalho que ocorrerá, possivelmente, durante a semana e nos horários com maior fluxo de pessoas, afetando consequentemente o número de passageiros do transporte público coletivo. Além de não pagarem impostos e taxas para a prestação de serviço”, explica Miguel.
Tanto para o Sindicato como para os trabalhadores do transporte público, esta é uma questão a ser revisada, pois sem passageiros não há condições financeiras para de manter o emprego desses trabalhadores do transporte público e ainda compromete a circulação dos ônibus que atendem a região, inclusive nos fins de semana. “A categoria de rodoviários já tem enfrentado sérios problemas em Aracaju com atrasos de salários de parte das empresas prestadoras e acompanhado de perto a realidade financeira do serviço de transporte, embora cobrando também dos próprios prestadores e, principalmente, do Poder Público soluções, e não um regresso”, afirma Miguel Belarmino.
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Ascom/SINTTRA