Culpados. Após 13 anos aguardando decisão judicial e 23 horas de julgamento, a família envolvida num dos casos mais emblemáticos ocorridos em Alagoas agradeceu a posição da Justiça, representada pelos jurados que compõem o Conselho de Sentença. As sete pessoas que exerceram a função de juízes votaram, na madrugada quinta-feira (19), no Fórum da Justiça Federal, na Serraria, pela condenação dos acusados de matar a deputada federal Ceci Cunha; seu esposo, Juvenal Cunha; o cunhado dela, Iran Carlos Maranhão; e a sogra dele, Ítala Maranhão, no dia 16 de dezembro de 1998, na residência de sua irmã, no bairro Gruta de Lourdes, em Maceió. A condenação somou 475 anos e 10 meses. Os acusados também tiveram a prisão preventiva decretada.
Jadiélson Barbosa, Alécio Vasco, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros foram condenados ao crime de homicídio triplamente qualificado, com os agravantes de assassinatos cometidos por motivo torpe, consistente na promessa de recompensa; perpetrado sem a possibilidade de defesa para as vítimas e para assegurar a impunidade para outro crime, no caso, o de Ceci Cunha.
O ex-deputado federal Talvane Albuquerque também foi considerado culpado pelas quatro mortes ocorridas na noite do dia 16 de dezembro de 1998. Ele foi condenado pelo crime de homicídio duplamente qualificado, com os agravantes de motivação torpe – para ter como finalidade o mandato de deputado federal no lugar de Ceci Cunha – e executado sem qualquer chance de defesa das vítimas.
Cada um, individualmente, ao ouvir sua sentença de condenação, não esboçou reação de surpresa e nem de inquietação, como se já esperasse pelo resultado. A sentença para os réus demorou mais de sete horas para ser anunciada.
Gazeta Web