Por Eliene Andrade, do Portal Infonet
Cansados de esperar e de conviver com os transtornos das obras, os docentes e alunos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) denunciam os problemas de infraestrutura no local. Os professores denunciam que, o barulho e a poeira gerados pelas obras em andamento ainda são o principal motivo de insatisfação. Os servidores relataram que há banheiros interditados, vazamentos e móveis amontoados pelos cantos dos departamentos. Os problemas estariam prejudicando a rotina de trabalho e estudo na Universidade.
Um dos professores, que preferiu não se identificar, relatou que as obras estão paradas há muito tempo e que há banheiros e prédios interditados há mais de um ano. Ele contou ainda, que houve casos em que escorpiões apareceram em salas dos departamentos. Por conta disso, foi solicitada uma detetização, mas o pedido não teria sido atendido até o momento. “Algumas obras ficam muito tempo paradas, tem prédio que há um ano está em reforma e banheiros interditados. Até o aparecimento de escorpiões foram relatados por outros professores. A gente já pediu a detetização, mas isso ainda não aconteceu e isso foi há dois meses”, relatou.
Outra dificuldade encontrada pelos docentes é a falta de comunicação entre setores, já que alguns telefones estavam sem funcionar. “Muitas vezes a gente não consegue falar com outros setores da universidade e já ficamos duas semanas sem linhas telefônicas e isso prejudica o trabalho dos professores”, disse.
A denúncia foi feita também a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (Adufs), de acordo com a assessoria de comunicação da Adufs, “novas queixas estão sendo registradas, a exemplo de salas de aula alocadas para mais de um professor no mesmo horário, e o contrário também, com disciplinas duplicadas em mais de uma sala, equívoco ocasionado por um erro no sistema de numeração e distribuição das salas”.
Improviso
Devido à reforma, a Universidade redistribuiu alguns alunos para locais que antes não eram utilizados para aula de graduação. As aulas estão sendo ministradas em auditórios e as salas do Colégio de Aplicação. “Porém, nem sempre as salas adaptadas são adequadas para ensino. O auditório do CCSA, por exemplo, não possui quadro”.
Medidas
Em entrevista à reportagem do Portal Infonet, o reitor da UFS, Ângelo Antoniolli, explicou que a Universidade está em crescimento e que está fazendo esforços para que os problemas sejam solucionados para amenizar os problemas. “Estamos discutindo a situação e olhando para tudo isso. Estamos em pleno crescimento, são 38 empresas trabalhando na UFS e temos que observá-las, mas o quantitativo de pessoas ainda é insuficiente para atender a demanda. Evidente que ao olhar de quem está de fora é como se estivéssemos alheio, mas não estamos e sim fazendo um esforço enorme para amenizar os problemas”, disse Antoniolli.
Em nota, a assessoria de comunicação complementou as informações. “Sobre o relato feito por servidores da UFS de que há banheiros interditados, vazamentos, móveis amontoados pelos cantos dos departamentos e de que isso estaria prejudicando a rotina de trabalho e estudo na Universidade, informamos que estão em andamento obras para a adequação dos prédios do
Campus
de São Cristóvão para Acessibilidade o que inclui a adequação dos banheiros para portadores de necessidades especiais. E estas obras não podem ser executadas sem a eventual interdição dos banheiros. Quanto aos vazamentos, a Prefcamp mantém uma equipe de manutenção que faz os devidos reparos na medida em que os problemas são detectados ou relatados, mas que devido à própria dimensão física do Campus, este trabalho ocorre por escala e por ordem de chegada da demanda.
Já no caso dos móveis, também informamos que a Divisão de Patrimônio da UFS (Dipatri) vem fazendo o trabalho de recolhimento dos móveis e equipamentos considerados inservíveis ou sem uso desde o início de junho. Este trabalho também ocorre pela ordem de chegada da demanda. As unidades administrativas da UFS, o que inclui os departamentos responsáveis pela guarda dos móveis e equipamentos, devem enviar comunicado à Dipatri formalizando a necessidade de seu recolhimento. Em decorrência do grande número de unidades, esse trabalho também tem demandado tempo, o que tem feito com que alguns setores que receberam móveis e equipamentos novos tenham que manter momentaneamente em suas instalações móveis e equipamentos considerados inservíveis ou sem uso até o seu devido recolhimento. Ou seja, em ambos os casos, a administração da UFS tem tomado todas as medidas cabíveis para a solução dos problemas detectados, buscando sempre a melhoria na qualidade dos serviços prestados à comunidade acadêmica”.
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