O SINTESE enviou ofício a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão – SEPLAG solicitando a suspensão das próximas etapas do Concurso Público para o Magistério da rede estadual e que a secretaria encaminhe as provas realizadas para os departamentos da Universidade Federal de Sergipe para que as provas sejam analisadas e chegue-se ao quantitativo de questões a serem anuladas. O motivo dos pedidos foram os inúmeros problemas ocorridos na realização do concurso, entre eles:
Atualmente o concurso é alvo de uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Estadual e o mérito desta ação ainda não foi julgado pelo Tribunal de Justiça.
Há um alto número de questões anuladas, reconhecidos pela Funcab – Fundação Carlos Augusto Bittencourt (empresa organizadora do concurso), a exemplo das 08 questões da prova de Química, por já trem sido usadas em outros concursos.
Em audiência no Ministério Público o assessor jurídico da Funcab reconheceu a falta de ineditismo das questões, alegou, inclusive que a professora contratada para organizar a prova estava com problemas de saúde e recorreu a um banco de dados já utilizado em outros certames.
Análises feitas pelos professores doutores do departamento de Física da Universidade Federal de Sergipe concluíram que 07 das 24 questões da prova de conhecimentos específicos deveriam ser anuladas. Já os professores doutores do departamento de Ciências Sociais solicitaram a anulação de 16 das 24 questões da prova de conhecimentos específicos de Sociologia. Sem contar os diversos questionamentos a questões que ainda não foram reconhecidos como nulas pela Funcab.
Prova de redação
Após a divulgação dos resultados da prova de Redação também foram constatados diversos problemas.
Várias pessoas redigiram em folhas não apropriadas para o certame, por má orientação dos fiscais. Na correção não há nenhuma caracterização de quais erros o candidato cometeu (como legendas, observações ou correções na prova ou em prova cópia).
Só há a sinalização da quantidade de pontos, a partir dos critérios estabelecidos pelo edital do concurso, o que se pressupõe uma correção somente por leitura visual. Muitas das provas de Redação não tinham rubrica ou assinatura do professor responsável pela correção.
Para o SINTESE todos estes pontos devem ser analisados com rigor, para que o direito dos professores candidatos que se sentiram prejudicados por recurso mal analisado da Funcab tenham seu direito resgatado.
No documento enviado a SEPLAG o sindicato solicita a anulação da prova de Redação pelos graves erros encontrados. “Uma simples recorreção da prova não resolveria, pois há erros de origem e ausência de correção por banca examinadora”, aponta Joel Almeida, diretor de Comunicação do SINTESE.
Para que todos os candidatos tenham seu direito assegurado, as próximas etapas do concurso devem ser suspensas até que todos esses questionamentos sejam respondidos, pois há a possibilidade de mais candidatos estarem aptos a continuar concorrendo. Isso se a secretaria a partir das respostas não escolher anular todo o concurso.