O Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira, 3, em Aracaju, dois homens acusados de participar de três assaltos contra agências do Banco do Estado de Sergipe (Banese) do Distrito Industrial de Aracaju (DIA) e duas do bairro Santo Antônio, além do banco Itaú, da avenida Augusto Franco, antiga Rio de Janeiro. Ao todo foram quatro assaltos ocorridos nos meses de agosto, novembro e dezembro.
Foram presos Josidel de Jesus Machado Filho, 23 anos, e Robert de Andrade Silva, 23. O primeiro integrante da quadrilha a ser preso foi o ex-presidiário Adeilson de Oliveira Santos, acusado de participar do assalto ao Banese do Distrito Industrial de Aracaju no dia 12 de novembro de 2012. Adeilson teve sua prisão divulgada à imprensa no dia 11 de dezembro.
Somente neste assalto a quadrilha roubou R$ 24 mil. Toda ação da quadrilha demorou nos bancos não ultrapassa 10 minutos. O primeiro assalto realizado pelos acusados foi registrado no dia 23 de agosto na agência do Banese do bairro Santo Antônio, a quadrilha retornou três meses depois a mesma agência, no dia 23 de novembro, e finalizou as ações criminosas no dia 3 de dezembro com mais um roubo ao banco Itaú.
Dos quatro assaltantes da quadrilha, três já estão presos restando um que ainda está foragido. Trata-se de Diego da Silva Santos, 29 anos, natural de Aracaju. Ele foi solto pela Justiça do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto no dia 27 de setembro de 2012, mas em pouco tempo participou de três assaltos confirmados.
De acordo com o diretor do Cope, delegado Flávio Albuquerque, a desarticulação da quadrilha se deu a partir da prisão de Adeilson. Naquele momento, a polícia só confirmava a participação dele no assalto do Banese do DIA, mas no decorrer das investigações, a polícia descobriu que o acusado era membro de uma organização e que imagens dele foi vista em outros assaltos.
“Adeilson foi flagrado em companhia de Robert, Josidel e Diego em outras ações. No roubo do dia 23 de agosto, Adeilson atuou com Josidel e Robert, Diego participou do bando nos demais assaltos”, destacou Albuquerque.
FACILIDADE – O delegado lembrou que os quatros acusados são ex-presidiários com passagens pelo sistema prisional por assaltos a ônibus. “A migração de um crime menor para um crime maior se dá em razão do tempo em que eles ficaram no presídio e também pela fragilidade de segurança das agências bancárias”, disse.
Cada membro da quadrilha tinha um papel específico. Josidel era tido com uma espécie de tesoureiro da quadrilha e era o responsável por repassar os ‘lucros’ dos roubos. “Cada um ficou, em média, com R$ 8 a R$ 10 mil. Os demais comparsas rendiam os seguranças e os clientes das agências para facilitar a coleta dos caixas’, explicou o delegado.