Por G1 SE
Polícia Federal em Sergipe (PF/SE) realizou uma entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira (27), para detalhar uma operação que prendeu um policial da própria corporação. Ele é suspeito de ser contratado de forma ilegal por um empresário. A função do policial era cobrar dinheiro de um suposto devedor. Segundo a PF, o agente usava o cargo para fazer a cobrança, o que é caracterizado como crime de extorsão. A informação é do G1 SE.
“A investigação começou em 2015, quando um cidadão procurou a polícia e disse que estava sendo extorquido por um possível policial federal. A Polícia Civil iniciou as investigações e flagrou o agente recebendo dinheiro da vítima”, explica o delegado da Polícia Federal, Robert Nunes Teixeira.
O policial federal não teve o nome revelado. Ele é pernambucano e está no cargo há cerca de 20 anos e há 10 trabalhava na Superintendência da Polícia Federal em Sergipe.
“Eles foram encaminhados a uma delegacia e desde então foi instaurado um inquérito policial para apurar a conduta do policial. O procedimento passou a ser administrado pela PF, após o entendimento de que ele usava o fato de ser agente da corporação para realizar a extorsão”, disse o delegado da Polícia Federal, Robert Nunes Teixeira.
Segundo o delegado do Departamento de Inteligência da Polícia Federal, o mandado de prisão preventiva foi cumprido dentro da sede da superintendência nesta segunda-feira (26).
“Ele se apresentava com o nome de Márcio e Rogério, então é possível que outras pessoas tenham sido suas vítimas. Caso alguém tenha se sentido ameaçado deve procurar a Polícia Federal”, afirma Robert Nunes Teixeira.
Ainda de acordo o delegado, mesmo indiciado e respondendo a um processo administrativo, o policial teria continuado a prática da atividade ilícita.
A informação da Polícia Federal é que o agente nega a prática do crime. Durante a prisão também foi apreendida uma arma sem registro que estava no armário do policial.
A expectativa é que com a divulgação do caso outras vítimas possam procurar a Polícia Federal para fazer a denúncia.
Acompanhe também o SE Notícias no Twitter, Facebook e no Instagram