Equipes de policiais civis dos 26 estados e do Distrito Federal deflagraram, nesta quarta-feira (17), a Operação Voleur. O objetivo da operação é a repressão a crimes contra o patrimônio, como roubos de aparelhos celulares, casas, bancos, cargas e estabelecimentos comerciais. A operação é coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícia (CONCPC) e integra ações policiais desencadeadas em todos os estados para reprimir crimes de roubo, furto, receptação, com o cumprimento de prisões e de buscas e apreensões.
Em Sergipe, em decorrência da intensificação do combate aos crimes contra o patrimônio nos últimos meses, houve também o marco positivo de menor número de roubos e furtos de veículos em dois anos, no comparativo mensal.
Em todo o Estado, a Polícia Civil atuou com 39 policiais, 12 viaturas e dando cumprimento a 17 mandados de prisão, resultado de investigações coordenadas pelas delegacias especializadas e municipais em diferentes regiões do estado. Durante a operação, ocorreu a prisão de um foragido de Sergipe na cidade de Conde (BA). Houve também a prisão, no bairro Novo Paraíso, de um investigado por desvio de cargas em Minas Gerais.
Em Aracaju, as delegacias metropolitanas participam junto ao Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) – com a Polícia Interestadual (Polinter) -, Delegacia de Roubos e Furtos (Derof) e Divisão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV).
“A ação teve início na semana passada e será concluída hoje. Aqui no Depatri cumprimos 17 mandados de prisão. Nós temos a delegacia que combate latrocínios (Derof) e temos a Polinter que cumpre mandados de prisão de foragidos. É uma operação que o conselho faz para integrar as polícias civis de todo o país. Estamos vigilantes e cumprindo os mandados recentes e antigos, pois essa é a missão do Depatri”, salientou Viviane Pessoa, diretora do Departamento.
O delegado Gilberto Guimarães, da 9ª Delegacia Metropolitana, enfatizou que o combate aos crimes contra o patrimônio também passa pela recuperação de aparelhos celulares. Segundo o delegado, a pessoa que está em posse do aparelho pode responder por receptação culposa, já que há meios de verificar a origem do celular. No entanto, os comerciantes desses produtos respondem por receptação qualificada.
“Começamos esse trabalho há cerca de três anos dando ênfase na recuperação do patrimônio principalmente nos crimes de roubo. Verificamos os índices e procuramos uma forma de ir em busca desse patrimônio, já que muitas vezes a autoria do crime não era identificada. Desenvolvemos alguns mecanismos para a busca dessas informações e temos recuperado esses celulares, inclusive com operações em estabelecimentos comerciais.
Recomendamos que as pessoas não adquiram produtos dessa forma e se forem comprar por sites de venda que o faça com o cuidado de ter acesso à identificação do vendedor e consultar a situação do aparelho”, revelou.
Operação nacional
O delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso, Mário Dermeval Aravéchia de Resende e vice-presidente do CONCPC, destacou que a operação sinaliza o esforço investigativo das polícias judiciárias estaduais na repressão aos crimes que impactam diretamente na sensação de segurança da população, como roubos e furtos.
“O Conselhos dos Chefes de Polícia, por meio do Comitê Permanente de Análise e Repressão a crimes contra o patrimônio traçou essa operação com todos os estados para fazer frente a esses delitos e prestar contas sobre a repressão qualificada e resultados das investigações desenvolvidas pela Polícia Civil”, observou o delegado, que coordena a Operação Voleur.
A delegada Nadine Farias Anflor, presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia, ressaltou que a ação desencadeada pelas Polícias Civis demonstra o compromisso das instituições nos estados em fazer frente aos crimes que causam insegurança ao cidadão, especialmente aqueles hediondos.
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Fonte: SSP/SE