As polícias Civil e Militar detalharam na manhã desta segunda-feira, 4, em entrevista coletiva que aconteceu no auditório da Academia de Polícia Civil (Acadepol), a operação que culmintou com a prisão do trio acusado de participar da tentativa de latrocino, que vitimou no último dia 25, o tenente da PM Mateus Mendonça, e a sua esposa Damiana Coroado Mendonça, 28 anos, que foi atingida por dois disparos e veio a óbito. O crime aconteceu depois que o casal saia de um bar localizado na Avenida Francisco Porto, zona sul da capital.
Os criminosos foram identificados como Jorge Walber Martiliano dos Santos, 24 anos, Fagner Machado Bomfim, 25 anos, e Allan Santos. De acordo com a delegada Aliete Melo, responsável pelas investigações, os criminosos abordaram o casal que se dirigia até seu veículo que estava estacionado na rua Francisco Portugal.
“Eles combinaram um assalto na noite do crime e após transitar pelas ruas de Aracaju decidiram agir na região”, comentou Aliete. Ainda de acordo com a delegada, Fagner teria utilizado um veiculo modelo Gol para deixar seus parceiros no local, mas fugiu ao ouvir os disparos. “Nós conseguimos detectar o veículo que foi utilizado no crime. O Fagner foi o responsável em conduzir os executores do crime até o local e depois dá fuga. Após ouvir os disparos ele fugiu, deixando os comparsas no local”, explicou a delegada.
Segundo os levantamentos, Jorge Walber foi o autor dos disparos que levou a esposa do tenente a óbito. Já Allan, que estava de arma em punho, foi quem anunciou o assalto, rendendo o oficial e na troca de tiros ficou ferido na boca. Após isso, o Jorge Walberto disparou contra o carro, atingindo o PM e sua esposa.
As prisões
A delegada Aliete informou que na ultima sexta-feira, 1º, a polícia conseguiu localizar e prender Fagner que estava escondido no município de Areia Branca. Já na madrugada do sábado, 2, os policiais conseguiram prender o “Pequeno”, na Avenida Osvaldo Aranha, zona norte da capital. Ele foi encontrado com maconha e preso em flagrante.
O comandante da PM, coronel Maurício Iunes destacou a importância da união entre as policias civil e militar como fator primordial para a elucidação de um crime que chocou toda sociedade. “A efetivação da prisão destes três meliantes foi um trabalho feito incansavelmente. Nós focamos intensamente nosso trabalho por ser um crime bárbaro e que chocou toda sociedade, onde uma jovem foi executada perdendo a vida barbaramente sem a minima possibilidade de defesa. A polícia trabalhando de forma unida nos conseguimos dar uma resposta condizente e a sociedade precisa desse tipo de resposta”, salientou Iunes.
Ainda de acordo com o comandante, todos os acusados já são velhos conhecidos da polícia sergipana. “Os três tem histórico policial e já foram presos. O Allan há um ano tinha sido preso e voltou ao convívio social na tentativa de se recuperar, Observamos que não se recuperou, voltando para o mundo da criminalidade. Ele é uma pessoa agressiva e muito violenta”, destacou. A operação contou com equipes da 1ª Delegacia Metropolitana, da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), Comando de Operações Especiais da Polícia Militar (COE), Complexo de Operações Policiais Especiais (COPE), Companhia Policiamento de Radiopatrulha (CPRP) e Grupamento Especial Tático de Motos (Getam).
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