O corpo do piloto Israel Graça, 56, [que morreu carbonizada na tarde de sábado (29) após a queda da aeronave (trike) no Bairro Bugio], foi sepultado neste domingo (30) no Cemitério Colina da Saudade, Bairro Jabotina, Zona Sul de Aracaju.
O velório aconteceu no mesmo espaço, a partir das 12h, onde familiares e amigos realizaram um culto de despedida, já que Israel era presidente da 2ª Igreja Batista em Aracaju.
De acordo com o irmão da vítima, Edézio Fernandes, o corpo chegou a ser liberado do Instituto Médico Legal de Sergipe na noite de sábado, mas os familiares só fizeram a retirada pela manhã.
Ainda segundo familiares, Israel tinha o sonho de pilotar. O ultraleve tinha sido comprado recentemente e estava inaugurando o aparelho no primeiro voo em Aracaju, quando o acidente ocorreu. Ele tornou-se sócio do aeroclube há quatro meses. Possuía 60 horas de voo em São Paulo, onde fez o curso que tem duração de 40 horas.
Israel Graça era casado, tinha dois filhos, e no ano passado tinha se formado em Administração, logo após se aposentar da Petrobrás.
Investigação
Na manhã de domingo, uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) veio de Recife (PE) para iniciar a investigação. No local, foram feitas fotografias e o motor do ultraleve foi levado.
Após o acidente e a a retirada do corpo, a Polícia Militar de Sergipe se manteve no local para preservar o espaço e ajudar no trabalho das investigações.
O acidente
O acidente foi no início da tarde deste sábado (29). A aeronave (Trike) despencou e caiu em uma quadra de uma escola particular, depois de atingir parcialmente duas casas, mas não houve outros feridos. Com a queda, a aeronave pegou fogo e uma cortina de fumaça foi vista de longe.
O acidente provocou desespero nos moradores da região que se mobilizaram para tentar apagar as chamas com baldes de água e ajudar a salvar o piloto. O acidente ocorreu minutos após a aeronave de pequeno porte ter decolado do aeroclube, localizado no Bairro Santos Dumont.
“A aeronave estava guardada há cerca de seis meses e esta foi a primeira vez que meu irmão sobrevoava os céus de Aracaju, mas já tinha experiência. Pra fazer isso, ele aguardou a licença do aeroclube e antes da decolagem foi feita a revisão”, conta o irmão da vítima, Edézio Fernandes.
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Por Anderson Barbosa, G1 SE — Aracaju