Neste domingo, 31, Aracaju recebeu a 24ª Parada LGBT+ de Sergipe, que contou com apoio da Prefeitura da capital. Com o tema “Envelhecer e resistir”, o evento reuniu milhares de pessoas na orla da Atalaia, em um dia marcado por celebração da diversidade, shows e manifestações culturais. A gestão municipal disponibilizou estrutura com palco, sonorização, iluminação, trios elétricos e, pela primeira vez, um camarote acessível. Para marcar a data, os Arcos da orla também ganharam as cores da comunidade LGBTQIAPN+. Entre as atrações, o destaque ficou para o show da cantora Karol Conká, além de artistas locais.

24ª Parada LGBT+ transforma Orla da Atalaia em palco de celebração e diversidade – Foto: Ronald Almeida/Secom/PMA
Representando a Prefeitura de Aracaju, o secretário municipal do Turismo, Fábio Andrade, ressaltou a importância da iniciativa. “Hoje é dia de celebrar a diversidade, o respeito e o amor. A 24ª Parada LGBT é a prova que nossa cidade caminha em defesa da inclusão. Em nome da prefeita Emília Corrêa, que tem demonstrado acolhimento e cuidado, mostrando que nosso governo também respeita todas as formas de governar com amor. Que seja esse momento mais do que uma festa, seja um momento de esperança e união, que essa nova Aracaju que queremos construir juntos e com respeito”, destacou.
A coordenadora geral da Parada LGBT+ de Sergipe, Tatiane Araújo, também reforçou o caráter político e social do evento. “Hoje é um dia em que transformamos em festa uma reivindicação pública, lembrando que precisamos pensar cada vez mais em políticas efetivas. A parada é um momento cultural e também turístico, que movimenta os hotéis da orla, mas carrega um forte caráter político. Ela reafirma que ainda precisamos envelhecer com dignidade, garantir políticas públicas na educação e ter acesso a políticas de saúde que realmente nos incluam”, salientou.
Ela acrescentou que o envolvimento do poder público deu mais força à edição deste ano. “É muito bom ver que o governo do Estado e a Prefeitura de Aracaju garantiram uma estrutura que fez a parada valer a pena. Neste ano, a Prefeitura trouxe o camarote da acessibilidade, o que demonstra uma sensibilidade humana ainda maior com a causa. E nós vamos continuar reivindicando políticas públicas efetivas para que os demais dias também sejam de felicidade para a comunidade”, disse ela, destacando que a expectativa para 2025 é superar o público do ano passado, que foi de 150 mil pessoas.
Demanda antiga da comunidade, o camarote da acessibilidade foi uma das novidades mais comemoradas. Para Lorena Gomes Freitas de Castro, que é autista, a iniciativa representa um avanço significativo. “É mais do que um direito garantido, porque pessoas com deficiência também fazem parte da comunidade LGBT em grande número. Precisamos ter esse acesso para usufruir das festividades e dessa celebração que é a Parada LGBT+ Sergipe, o maior evento de rua do estado. É fundamental que a inclusão e a acessibilidade também sejam celebradas dentro dessa festa”, afirmou.
A jovem Chaihera Matos Santos, de 26 anos, chegou cedo para aproveitar toda a programação da Parada. Para ela, iniciativas como essa reforçam o sentimento de pertencimento. “Fico feliz em participar de um momento que nos dá ainda mais orgulho e nos ajuda a nos reconhecer como pessoas que amam e que merecem ser amadas”, destacou.
O ator José Aldo de Oliveira também ressaltou a importância da festa como espaço de liberdade e afirmação. “Eu acredito que é muito importante reafirmar nossa posição, nosso direito de existir e de ocupar espaços, assim como nossa cidadania. Mais do que tudo, é essencial preservar nossa liberdade de expressão e o direito de viver bem. Aqui, quero dançar e agradecer imensamente por esse momento”, ressaltou.
Além da celebração, o evento também movimentou a economia informal, garantindo renda extra para ambulantes. Foi o caso de Tainá Lima, professora de dança e vendedora, que destacou a relevância da festa. “Esse evento é muito especial em Aracaju, porque é o único dia em que a gente realmente vibra e consegue mostrar o quanto ele é importante, não só para a cidade, mas também para outros estados e países. Participo todos os anos e, neste, estou aqui como vendedora ambulante, dançarina e integrante do corpo coreográfico. Dá para perceber que existem vários nichos dentro da festa: não é apenas música, bebida ou celebração. É história, é ancestralidade, é potência. É a forma de dizer: nós somos, nós estamos aqui”, celebrou ao lado da companheira Tarimã Rocha.
O apoio da Prefeitura de Aracaju ao evento foi garantido por meio das secretarias municipais do Turismo (Setur), da Comunicação Social (Secom), da Família e da Assistência Social (Semfas) e da Cultura (Secult Aju), além da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), da Guarda Municipal de Aracaju (GMA) e da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb).
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Fonte: Secom/PMA