Depois de uma manhã inteira de discussões acaloradas no plenário da Assembleia Legislativa, os deputados elegeram hoje, 30, Susana Azevedo para a vaga de conselheira do Tribunal de Contas do Estado. Ela concorreu com Belivaldo Chagas e obteve 13 votos favoráveis. O adversário conseguiu nove votos, sendo registradas duas abstenções. Para o líder da bancada governista na Casa, deputado Francisco Gualberto (PT), os parlamentares que seguem as regras dos irmãos Edvan e Eduardo Amorim desrespeitaram o Regimento Interno e a própria Constituição estadual para garantir a eleição de Susana.
“Houve uma mudança drástica na interpretação de artigos que são claríssimos. A Assembleia vai pagar um preço muito alto por isso. Esse processo de eleição atropela a Constituição e esfaqueia de morte o nosso regimento”, afirmou Gualberto.
Durante as discussões, Francisco Gualberto, de forma didática, leu os principais artigos da Constituição Estadual e do Regimento que ditam os trâmites do processo de escolha de um conselheiro com indicação da Assembleia. Entre eles, o artigo 242 que impediria o suplente de deputado Gilmar Carvalho de participar da eleição. “Ele será beneficiado diretamente com o voto favorável a Susana. Isso porque ele assumirá em definitivo o mandato”, explicou.
Ainda antes da votação, que foi secreta, o líder Gualberto solicitou da Mesa Diretora que fossem incluídas de forma destacada na Ata da Sessão a informação de que a deputada Susana Azevedo pediu licença de 125 dias; que a votação do requerimento que determinou pela votação secreta aconteceu de maneira aberta no plenário; e que a eleição da nova conselheira aconteceu em sessão extraordinária.
O candidato Belivaldo Chagas, que é o atual secretário de Estado da Educação e contou com o apoio da bancada governista, acompanhou de perto todo o processo. No final, fez questão de cumprimentar e agradecer a todos os deputados indistintamente. A eleita, Susana Azevedo, agora irá aguardar a nomeação e em breve assumirá o cargo de conselheira do TCE, que é vitalício.