
A defesa da mulher solicitou a soltura de Débora, mas a PGR indeferiu o pedido, mas o substituiu pela prisão domiciliar – Foto: arquivo/STF
A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos deixou neste sábado (29) a Penitenciária Feminina de Rio Claro, em São Paulo. Ela estava presa há dois anos, acusada de escrever a frase “perdeu, mané” com batom na estátua da Justiça em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
Na sexta-feira (28) o ministro Alexandre de Moraes autorizou a ida da cabeleireira para o regime domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica. Débora tem dois filhos, de 6 e 9 anos de idade.
Na noite de sexta-feira (28/3), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu a prisão domiciliar a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). No entanto, apesar da mudança no formato da prisão, a situação jurídica de Débora não foi alterada.
A mulher estava presa desde março de 2023 e foi condenada a 14 anos de prisão em regime fechado por pelos crimes de deterioração de patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e associação criminosa armada.
Esta semana, o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo do processo da cabeleireira. Com isso, foram divulgados um vídeo e uma carta de Débora endereçada a Alexandre de Moraes pedindo perdão.
De acordo com a mulher, ela foi vítima de um acaso após aceitar escrever uma frase na estátua “A Justiça” para um homem que, de acordo com Débora, ”tinha a letra feia”. No depoimento, também diz estar arrependida de ter participado dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Débora terá que cumprir uma série de medidas para manter o benefício da prisão domiciliar. Ela deverá usar tornozeleira eletrônica, está impedida de usar redes sociais, não pode dar entrevistas sem a autorização prévia do STF, não pode receber visitas em casa além dos advogados, e não pode falar com outros investigados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023.
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Fonte: Correio Braziliense