O Ministério Público Estadual (MPE) concluiu a investigação que envolve uma suposta articulação criminosa para desviar recursos públicos da Prefeitura de Lagarto, uma organização que teria como líder o prefeito Valmir Monteiro, que chegou a ser preso durante a investigação. O MPE dividiu o processo em duas partes, conforme explica a procuradora de justiça Ana Christina Brandi, da 11a Procuradoria de Justiça, que atuou nesta investigação desencadeada pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado do MPE (GAECO).
De acordo com a procuradora de justiça, os procedimentos investigatórios foram concluídos e culminaram com duas denúncias contra o ex-prefeito e os demais acusados, que teriam contribuído com os supostos crimes. Em uma das denúncias, o MPE solicita, novamente, a prisão do prefeito Valmir Monteiro e dos demais acusados. Mas na outra denúncia, o MPE não encontrou motivação para manter os réus presos, apesar das contundentes provas da autoria dos crimes. “Em ambos os casos, o Ministério Público tem provas suficientes para denunciar. Mas em um deles, há necessidade de pedir a prisão e em outro não”, explica a procuradora, sem apresentar detalhes, resguardando o segredo da investigação.
Entenda o casoO prefeito teve mandado de prisão expedido e cumprido no mês de fevereiro deste ano. A defesa, articulada pelo advogado Evânio Moura, conseguiu libertá-lo no dia 10 deste mês, com alvará de soltura expedido pelo desembargador Diógenes Barreto, mas o prefeito continua afastado do cargo como medida cautelar.
As respectivas denúncias contra o prefeito de Lagarto e os outros acusados já está tramitando no Tribunal de Justiça, em segredo de justiça. Entre os crimes imputados ao prefeito e aos demais réus estão peculato, ocultação de provas e associação criminosa. As respectivas denúncias do MPE contra o grupo estão basicamente fundamentadas nas investigações que culminaram com a articulação da Operação Leak ocorrida em fevereiro para cumprimento dos mandatos judiciais de prisão e de busca e apreensão contra os acusados.
Na Operação Leak, foram presos o prefeito Valmir Monteiro, o genro dele, Igor Ribeiro Costa Aragão e os empresários Joel do Nascimento Cruz e Gildo Pinto. Além destes acusados, há outras pessoas que também estão no rol das duas denúncias formalizadas pelo MPE, fundamentadas em todo o processo de investigação. Uma das fortes acusações está relacionada ao suposto esquema para desviar os recursos oriundos da cobrança irregular de taxas para uso do matadouro do município.
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por Cassia Santana