Mart’nália dará o ar da graça no 35º Festival de Artes de São Cristóvão (FASC) no dia 18 de novembro no Palco João Bebe-Água (na Praça São Francisco). A atração que, é sinônimo de Samba, fará parte de uma programação variada e composta por nomes como Lenine, Céu, The Baggios, Chico César e BaianaSystem. O FASC acontecerá de 15 a 18 de novembro movimentando o cenário cultural sergipano, fomentando a economia local e sendo um marco para os sancristovenses, que nos dias da festa abrem suas casas para receberem visitantes de todo o Brasil. Confira o bate papo exclusivo que tivemos com Mart’nália.
Em 2017, “Pelo Telefone”, o primeiro Samba gravado em disco fez um século, seu pai (Martinho da Vila), inclusive, já o regravou. Mesmo com influências angolanas, o Samba é para você o ritmo que mais representa o Brasil?
Resposta: O Samba sem dúvida é a musica mais feliz que representa nosso país, e eu sou feliz nele. Com ele já me misturei muito nesse mundão afora e cada vez mais farei isso. Gosto da alegria, de dançar, de sambar e cada vez mais precisamos deste carinho.
Martinho lançou em 1989 o álbum “O Canto das Lavadeiras”, que trazia um recorte da cultura popular de diversas regiões do país. Sergipe foi representado pelo grupo de bacamarteiros do povoado Aguada, que fica no município de Carmópolis. Para você é importante os artistas nacionais também fazerem esse resgate das manifestações culturais em seus trabalhos musicais?
Resposta: Acho importantíssimo o trabalho do meu pai, por isso mesmo ele está sendo estudado no colégio primário nas redes municipais! Me orgulho muito de ter um país tão qualificado com tantas manifestações culturais, com tantos sons a serem pesquisados! Um dia chego lá (risos).
Seu último álbum +Misturado venceu na categoria melhor disco de Samba, no 18º Grammy Latino. Ser filha do Martinho da Vila contribuiu para que você escolhesse o samba, majoritariamente, para a sua carreira musical?
Resposta: Ser filha do Martinho da Vila me fez uma pessoa infinitamente melhor e infinitamente misturada com o Samba, com o pop, com Montown. Tive chance de assistir e ouvir muitas outras coisas e me misturar com um tantão de gente como neste cd “+ Misturado”. Foi um enorme prazer!
Suas irmãs acompanham seu pai nos shows, como backing vocal, você também participava das turnês dele antes de começar sua carreira?
Resposta: Sim. Comecei com 17 anos a cantar com ele e aos poucos ele foi me colocando para cantar uma música, depois duas, depois três (risos). Aí gravei um LP (1985) que não deu em nada, mas fiz mesmo pra mim (risos). Depois fiz um cd chamado “Minha Cara”, mas só no cd “Pé do Meu Samba”, em 2002 (dirigido pelo Caetano Veloso e produzido pelo Celso Fonseca) é que resolvi realmente ser uma cantora. Minha irmã Analimar Ventapane faz vila e percussão comigo também desde que virei cantora solo.
O Festival de Artes de São Cristóvão (FASC) é o mais representativo evento cultural de Sergipe. Para você qual a importância de fazer parte da 35ª edição do Festival?
Resposta: Não conheço a cidade. Tentamos ir em outros anos e não conseguimos! Estou muito feliz este ano de poder participar e passear um pouquinho por aí! Soube que a cidade é linda.
Para o público do FASC o que você pretende trazer, além das músicas da turnê do +Misturado?
Resposta: Vou cantar sucessos: Cabide, Ela é a minha cara, Chega, Entretanto, D.Ivonne Lara, etc… é para todos poderem cantar, sambar e ficarem felizes assim como estou indo feliz pra o evento.
Martinho é da Vila Isabel, e a Mart’nália?
Resposta: Também uai (risos).
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Da Ascom da Prefeitura de São Cristóvão