O deputado federal Márcio Macêdo (PT) alertou, em discurso no plenário da Câmara Federal, nesta terça-feira (4), para a gravidade que representa a possível desistência da mineradora Vale de investir em Sergipe, através do Projeto Carnalita, em decorrência de “disputa política e incompreensão da grandiosidade do projeto para o Estado”.
O parlamentar lembrou que o projeto é o “maior investimento privado já realizado em terras sergipanas e umas das mais significativas conquistas do povo sergipano, em sua luta histórica pela exploração de suas riquezas minerais”.
Márcio Macêdo destacou que “o megaprojeto de R$ 4 bilhões, logo na fase de implementação, irá gerar a criação de mais de quatro mil empregos diretos” e ressaltou o “alcance econômico, político e social do empreendimento não só o Estado, mas para todo o Brasil.
“Sergipe é, de longe, detentora das maiores reservas do país. A unidade Taquari-Vassouras, a cargo da Vale, representa hoje a única fonte de oferta interna de potássio fertilizante do país. Mesmo produzindo praticamente 20% acima de sua capacidade nominal, prevista em seu projeto base, está longe de suprir a demanda do país. As projeções de evolução desse quadro são ainda modestas, o que dá relevo ao projeto Carnalita em Sergipe, que, sem dúvida, além de aumentar a produção desse inestimável insumo, incentivará pesquisas de aproveitamento de silicatos potássicos para a produção de fertilizantes no Brasil”, afirmou.
Neste sentido, o deputado ressalta que “a planta de Carnalita, quando entrar em operação, será a maior planta de extração de potássio do Brasil, propiciando a duplicação da produção nacional e reduzindo consideravelmente sua necessidade de importação”.
No entanto, frisa Márcio Macêdo, “a implantação do projeto, prevista para inicio deste ano, infelizmente ainda não é motivo de comemoração, por causa de uma pendenga gerada pelo município de Capela”, que não aceita decisão técnica da Vale que optou por construir a fábrica de beneficiamento do mineral no município de Japaratuba, “com localização melhor inclusive por causar menor impacto ao meio ambiente”. O parlamentar destacou, em seu discurso, que as compensações financeiras e a divisão dos tributos serão justas para as duas cidades.
“O que deve ser levado em conta é a grandeza que um projeto como este vai gerar em desenvolvimento para o Estado. Esse projeto foi idealizado na primeira gestão do governador Marcelo Déda, que se dedicou para viabilizar a sua implantação junto aos diversos setores, aparando arestas, ampliando as discussões e atuando junto ao ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff para possibilitar a sua execução, esforço que continua com o governador Jackson Barreto”, ressaltou.
Márcio Macêdo afirmou ainda que “o impacto econômico do projeto na região é muito mais amplo, permitindo a geração de emprego e renda, oportunizando a criação de novos negócios ao longo da cadeia produtiva de fertilizantes, que se traduzem em cifras ainda mais relevantes do que os recursos provenientes do incremento da receita tributária”.
“Sergipe tem tradição dos homens e mulheres públicos independente da política se unirem para o bem do Estado. Meu apelo é pela união dos políticos sergipanos em prol da efetivação do programa de exploração do minério no Estado. A história está chamando a responsabilidade dos homens e mulheres públicos de Sergipe para resolver o impasse acerca do projeto. Sergipe não pode perder o projeto Carnalita com investimentos que vai mudar a vida do povo do Estado. O que deve ser feito agora é deixar as pendengas políticas de lado, discutir o projeto com base nos estudos técnicos e não políticos, pensando no interesse de todo os sergipanos”, destacou.
Márcio Macêdo participou nesta terça da audiência de políticos sergipanos com o ministro Edson Lobão (Minas e Energia) para discutir uma solução para o impasse político em torno do programa. No encontro, o deputado defendeu a união dos políticos para buscar um consenso que represente o melhor para Sergipe.
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Da Assessoria de Imprensa