O TOC é conhecido pela mania de arrumação, limpeza e organização excessiva. A pessoa com o transtorno pode ter medo de contaminação então ela lava as mãos com frequência, medo de morrer então verifica o gás da cozinha ou medo de assalto então verifica várias vezes se realmente trancou a porta. Essas são só algumas situações que exemplificam como se desenvolve o transtorno obsessivo-compulsivo.
O TOC é um transtorno mental caracterizado pela presença de obsessões, compulsões ou ambas. As obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens indesejáveis e involuntários, que invadem a consciência causando ansiedade ou desconforto e obrigando o indivíduo a executar rituais ou compulsões que são atos físicos ou mentais realizados em resposta às obsessões. Segundo a psicóloga do Hapvida Sarah Lopes o transtorno pode se manifestar em várias ocasiões.
“Estes pensamentos são geralmente em relação a sexo, religião, limpeza ou simplesmente uma rotina padronizada que o individuo deve seguir com a finalidade de que algo ruim não aconteça. O TOC geralmente surge no final da adolescência, por volta dos 17 anos, mas, pode apresentar alguns sintomas ainda na infância, estes sendo mais raros.”, esclarece.
O transtorno tem se tornado comum. Acomete pelo menos um em cada 40 a 60 indivíduos, no Brasil é provável que existam 2 milhões de indivíduos com o transtorno.
Segundo, Tamara dos Santos, profissional da comunicação, ela desenvolveu o TOC ainda na adolescência. “O que mais me angustiava era repetir constantemente a mesma atividade com a esperança de me sentir bem”, lembrou.
A especialista ainda acrescenta que atualmente já se sabe que as causas do TOC possuem relação com um neurotransmissor chamado serotonina, bem como, o funcionamento excessivo em algumas regiões cerebrais causam os sintomas do Transtorno Obsessivo Compulsivo. É preciso estar atento para notar os sintomas.
“É difícil perceber os sintomas, isto porque as pessoas que os apresentam geralmente disfarçam e sentem vergonha, não admitem que estejam coma doença. Neste caso, o ideal é que a família esteja atenta para ajudar no que puder e que evitem julgamentos ou tentar explicar que é coisa da cabeça, que não precisa repetir, o próprio indivíduo já sabe que é desnecessária a repetição, mas não consegue controlar.”, explica.
Alguns indivíduos seguem rituais diários, por exemplo; ao chegar em casa, colocar os sapatos e roupas exatamente no mesmo local de forma simétrica, ir em determinado ambiente, checar algo, fazer algum movimento que não apresente nenhum sentido aparente; não pisar em linhas nas calcadas, temendo que, caso o faça, algo ruim pode ocorrer; ajustar objetos sempre de forma muito simétrica, e geralmente o sujeito sente-se muito incomodado ao ver fora do lugar, mesmo quando não esta em seu ambiente.
O Transtorno Obsessivo Compulsivo não tem cura, mas tem tratamento, é fundamental que ao notar qualquer um dos sintomas a pessoa, ou a família busque um especialista para ajudar o doente.
“O tratamento para o transtorno é indicado especialmente com antidepressivos, com a finalidade de minimizar os sintomas através do equilíbrio dos neurotransmissores, bem como, com psicoterapia, evidenciando a necessidade de controle dos sintomas e tentando fazer com o que o indivíduo entenda qual a sua percepção dos acontecimentos a sua volta.”, orienta a especialista.
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Ascom/Hapvida