O governador Jackson Barreto participou na tarde desta quinta-feira, 25, do lançamento do Projeto Estadual de Melhoria da Alfabetização, intitulado ‘Somos’, pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), na cidade de Propriá, distante 98 quilômetros de Aracaju. Na ocasião, o governador também entregou tabletes para os alunos da rede estadual. O projeto vai promover um investimento total de cerca de R$ 9.151.200,00, nos três anos de sua execução. O evento foi realizado no auditório da Universidade Tiradentes (Unit).
“Estamos trabalhando com responsabilidade. A educação é o grande instrumento de transformação da sociedade. Eu sou um sobrevivente da educação. Sou filho de uma professora e de um bodegueiro e cresci pela educação”, afirmou Jackson Barreto.
O projeto é um instrumento de disseminação de uma tecnologia educacional voltada a promover melhores condições de ensino e aprendizado para os primeiros anos do ensino fundamental. Para viabilizar a realização do Somos entre os alunos da rede pública, a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec) e a Secretaria de Estado da Educação, celebraram, no ato da solenidade, um Termo de Cooperação no valor de R$ 5.651.200,00. Para 2016, o Termo de Cooperação prevê um investimento de R$ 458.800,00 em capacitação e atenderá duas mil crianças.
“Estamos trabalhando com afinco para melhorar a rede escolar sergipana. O governo Jackson vem investindo em estrutura, ampliação de escola e tecnologia e todos sentem os resultados, como o programa de matrícula online, que já deu resultado: tivemos um crescimento de 12% nas matrículas, depois de 15 anos de queda nas matrículas. Hoje, estamos investindo para melhorar a qualidade do letramento dos alunos do Baixo São Francisco, por meio desse projeto de tecnologia. É um investimento ousado para melhorar nossa educação”, disse o secretário de Estado da Educação, Jorge Carvalho.
Serão disponibilizadas bolsas de formação no valor de R$ 200,00 para os professores que atuarão como multiplicadores da nova tecnologia educacional, além da distribuição de material pedagógico, 1.600 tablets e treinamento de professores, com investimento de mais R$ 3,5 milhões, além do já previsto no Termo de Cooperação.
“Este projeto veio somar-se ao trabalho devolvido pela DER de Propriá e Seed. Buscamos uma educação pública de qualidade e esse projeto nos ajudará nessa busca”, declarou a professora da Escola Maria do Carmo Alves, Aline Aragão, representando os professores de Propriá e região.
O Somos é baseado na tecnologia social intitulada Synapse, desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI) e por professoras da rede municipal de Santa Luzia do Itanhy. Desde 2010 o grupo tem trabalhado num esforço de construir metodologias e tecnologias que auxiliem escolas públicas de forma eficaz, adequada à realidade dessas unidades de ensino e com potencial de escala, de maneira que possam ser disseminadas para outras regiões de Sergipe.
“Não podemos pensar em transformar o Baixo São Francisco sem começar pela educação e ciência. O desenvolvimento social e econômico do nosso estado passa pela educação e pela disseminação do conhecimento”, expôs o diretor da Fapitec, Heriberto Vieira.
O público alvo do projeto são professores e alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, que compreendem o ciclo de alfabetização do 1º ao 3º ano. O projeto vai contemplar, inicialmente, municípios do Baixo São Francisco: Propriá, Pacatuba, Japoatã, Santana do São Francisco, Brejo Grande, Ilha das Flores, Neópolis, São Francisco, além de Santa Luzia do Itanhy, que fica na região centro-sul do estado.
A iniciativa representa o esforço do governo estadual em contribuir com o desenvolvimento educacional no Baixo São Francisco, território de desenvolvimento considerado prioritário pelo governador Jackson Barreto. “Esse projeto foi pensando para o Baixo São Francisco, porque aqui há um desequilíbrio social comprovado pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Estamos aqui porque a região precisa de uma intervenção maior, precisamos melhorar o Ideb, as estatísticas educacionais”, ressaltou o governador.
Segundo a diretora da DER 6, Propriá, Edsalba Peixoto, foi feita uma pesquisa para detectar as necessidades educacionais no Baixo São Francisco. “Somos 43 escolas em 14 municípios ribeirinhos e o ‘Somos’ será uma ferramenta de inclusão e de mudança. Estamos implantando, hoje, uma tecnologia de ponta, a serviço da educação e vamos reverter os índices educacionais do Baixo São Francisco”, disse.
Tablets
O governador Jackson Barreto também distribuiu 40 tablets destinados aos alunos das redes públicas estadual e municipal de Propriá. Os demais municípios receberam, simbolicamente, um tablet cada. Na próxima semana eles receberão os demais.
Os tablets serão usados como recursos educacionais em sala de aula. Cada tablet será utilizado por quatro alunos. A iniciativa vai além da rede estadual, pois beneficia também as redes de ensino municipal do território.
IPTI
O Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação é uma instituição de ciência, tecnologia e inovação, sem fins lucrativos, fundada para desenvolver soluções integradas entre tecnologia e processos humanos, tendo como áreas prioritárias a educação, saúde pública e economia criativa. Em 2009, o IPTI transferiu a sede para Santa Luzia do Itanhy e, em 2010, o Governo de Sergipe o qualificou como Organização Social Estadual. Em 2013, o IPTI foi vencedor do Prêmio FINEP de Inovação, como melhor Instituição de Ciência e Tecnologia da região nordeste e também venceu o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologias Sociais.
Presenças
Participaram da solenidade, os prefeitos de Propriá, Zé Américo, de Neópolis, Amintas Diniz, de São Francisco, Celso do Peixe e de Japoatã, Gimarcos Evangelista; e Saulo Barreto, do IPTI.
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Agência Sergipe de Noticias