A Secretaria de Estado da Educação (Seed), através do Departamento de Educação (DED), por meio do Serviço de Educação de Jovens e Adultos (SEJA), está implementando o Programa Sergipe Alfabetiza Mais (AMA), com o objetivo de oportunizar a alfabetização a jovens, adultos e idosos sergipanos que perderam a fase regular de escolarização. O programa tem a finalidade de contribuir com a erradicação do analfabetismo no estado e possibilitar a implementação da política da EJA.
O lançamento foi realizado na manhã desta segunda-feira, 21, no auditório do Hotel Orion, em Aracaju, com o início da formação continuada para os coordenadores e alfabetizadores que irão trabalhar no programa. Lançado pelo Governo Federal em todo o Brasil, através do Ministério da Educação (MEC), o programa beneficiará 4 mil sergipanos em 55 municípios que aderiram.
De acordo com a diretora do DED, Gabriela Zelice, esse é o primeiro passo de muitos em direção à erradicação do analfabetismo. “Não podemos admitir que um estado pequeno territorialmente, mas grande em potencialidades e riquezas, ainda possua um número significativo de analfabetos. O Sergipe Alfabetiza Mais vem em uma perspectiva de alfabetização de adultos, mas também tem uma vertente para os anos iniciais, porque a pretensão nossa é que nenhum aluno esteja fora da escola”, afirmou.
Capacitação
Cerca de 500 pessoas, entre coordenadores e alfabetizadores, estão participando dessa formação inicial, que teve início nesta segunda-feira e se estenderá até o dia 1º de setembro. O curso terá 8 horas de aula por dia. Após essas duas semanas iniciais, os cursistas irão para as salas de aula aplicar o que foi visto durante a capacitação e, mensalmente, retornarão para a formação continuada, durante oito meses.
De acordo com a coordenadora do Serviço de Educação de Jovens e Adultos (SEJA), Aldjane Costa, as turmas do Sergipe Alfabetiza Mais já foram cadastradas no sistema e o programa estará presente em quase todos os municípios do Estado. A capacitação está sendo realizada por profissionais da Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa, Extensão e Responsabilidade Social (FEPED), da cidade de Jacobina (BA).
Aldjane Costa explicou que o Sergipe Alfabetiza Mais atenderá a 4 mil alunos, mas que existe a expectativa de que o MEC abra uma nova resolução no período de novembro a dezembro para que possa aumentar ainda mais o número de alfabetizandos.
“As aulas acontecerão nas escolas, paróquias, em associações de moradores, nos locais mais próximos das residências daqueles que participarão, para que não ocorra a evasão. Queremos diminuir os índices de analfabetismo dentro do nosso estado, poder dar a oportunidade a essas pessoas que querem acelerar os seus estudos de terem a dignidade de saber ler e escrever”, disse Aldjane.
Uma das formadoras, Sidnei Carvalho de Oliveira, destacou que durante o curso os formadores vão receber orientações sobre o processo de avaliação, o trabalho com gêneros textuais, entre outras informações. “É bom o alfabetizador ver o seu aluno passando a ler a palavra escrita. O cidadão tem esse direito e o Estado está sendo essa ponte entre ele e o conhecimento. Quando se sabe ler, a pessoa melhora a autoestima e o envolvimento na sociedade”, declarou.
O programa tem como público-alvo pessoas a partir dos 15 anos e não tem limite de idade, mas a grande maioria é de idosos. É promovido pelo Governo Federal, e a Secretaria de Estado da Educação dá como contrapartida a logística, transporte, local e todo o aparato necessário para o seu êxito. Além disso, a Seed também irá monitorar todos os alfabetizadores e coordenadores de turma durante o módulo para ver como está o andamento do programa em todos os municípios.
Sergipe Alfabetiza Mais
A coordenadora estadual do Sergipe Alfabetiza Mais, Givelda Araújo, destacou que os coordenadores e alfabetizadores sairão bem capacitados após o curso de formação. “Eles serão preparados para desempenhar um trabalho com mais afinco e com mais conhecimento para que os alunos sejam alfabetizados. Iremos dar toda a assistência a esses 4 mil alunos com dedicação e compromisso”, afirmou.
Os alfabetizadores que estiveram presentes no primeiro dia da capacitação destacaram a importância do programa. Foi o caso de Raquel Valença, do município de Tomar do Geru. “Saber ler e escrever é um direito que todo ser humano tem. Aqueles que não tiveram oportunidade de aprender na infância poderão aprender agora. Esse projeto ajuda as pessoas a terem mais visibilidade, mais confiança.
Quem não sabe ler se sente excluído da sociedade. Ao se alfabetizarem, eles terão melhores oportunidades na vida pessoal e profissional”, disse.
A mesma opinião foi compartilhada pela alfabetizadora Joseilde Menezes, de Tobias Barreto. “É um projeto excelente e estou muito feliz em participar e ajudar as pessoas que não sabem ler e escrever”, declarou. Quem também elogiou o programa foi a alfabetizadora Rosely da Silva, do município de Siriri. “A gente está dando esse primeiro passo. Ao aprenderem a ler e escrever, eles irão se desenvolver, pensar mais, se organizar, fazer suas coisas com mais eficiência”, afirmou.
Acompanhe também o SE Notícias no Twitter, Facebook e no Instagram
Por ASN