Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado um fenômeno social conhecido como Geração Nem-Nem. O termo, amplamente debatido em estudos sociais, refere-se a jovens que não estudam nem trabalham, revelando desafios estruturais que comprometem o futuro de milhões de pessoas.
De acordo com o relatório Education at a Glance 2024, da OCDE, 24% dos brasileiros entre 25 e 34 anos não estavam engajados em estudos ou trabalho. Já no primeiro trimestre de 2024, o Ministério do Trabalho e Emprego informou que 4,6 milhões de jovens entre 14 e 24 anos também se encontravam nessa situação.
Diante desse desafio, surgem iniciativas que buscam reverter a situação. Entre elas, o Programa EZ – Empreendedorismo para a Geração Z, promovido pela Quantum Educacional, que prepara jovens para o mercado de trabalho do futuro, combinando inovação pedagógica com áreas em ascensão, como empreendedorismo e carreiras digitais.
“Nosso objetivo é não apenas formar profissionais, mas também despertar o espírito empreendedor nesses jovens”, explica a gerente. “Queremos que eles se tornem protagonistas de suas histórias, preparados para enfrentar os desafios de uma sociedade cada vez mais tecnológica e competitiva”, explica
Transformando desafios em oportunidades
A coordenadora pedagógica do EZ, Anne Stephane, explica que os jovens da Geração Z carregam muitas inquietações e dúvidas sobre o futuro. O programa, segundo ela, tem o objetivo de apresentar possibilidades, mostrando que é possível atuar em diferentes segmentos ou até empreender. “Eles aprendem não só sobre negócios, mas também como usar conceitos de empreendedorismo para o próprio desenvolvimento pessoal”, afirma.
Além disso, o EZ promove um acompanhamento pedagógico próximo, permitindo que os jovens explorem novas áreas, construam projetos próprios e os apresentem de maneira autônoma. “Essa autonomia é uma das validações mais importantes do impacto do programa”, completa Anne.
Metodologias inovadoras e engajamento
Um dos maiores diferenciais do programa é a adoção de metodologias ativas e gamificação. Essa abordagem coloca o jovem como protagonista, transformando o processo de aprendizagem em uma experiência interativa e significativa. “Estamos lidando com alunos do século XXI, e as metodologias ativas permitem que eles aprendam ao se envolver com problemas reais, colaborando com seus pares e aplicando o conhecimento na prática”, diz Anne.
“Além das vantagens já sabidas relacionadas às metodologias ativas, ao utilizá-las no contexto da geração z, também espera-se um envolvimento maior do jovem, despertando nele a vontade de fazer parte daquela prática, daquela comunidade. Este envolvimento é um dos maiores desafios educacionais observados na nova geração, e vencer as barreiras de comunicação educacional é um movimento que vem sendo amplamente observado na aplicabilidade do EZ.”
Essa estratégia tem gerado resultados animadores. “Os jovens interagem, constroem projetos e protagonizam suas próprias apresentações, algo que valida os incentivos que cultivamos ao longo do programa”, observa.
Preparando para o mercado do futuro
O EZ não apenas ensina, mas também conecta os jovens à realidade do mercado de trabalho. De acordo com Anne, as profissões estão mudando rapidamente, e a transição para carreiras que envolvem tecnologias digitais é inevitável. “Estima-se que até 2025 o trabalho será dividido entre humanos e máquinas, exigindo que os profissionais sejam adaptáveis e tenham competências técnicas e criativas”, destaca.
Com um currículo que abrange empreendedorismo, marketing, design e programação, o EZ oferece experiências práticas que resultam em portfólios reais. “Esse preparo diminui o impacto das mudanças no mercado e coloca os jovens em vantagem para enfrentar os desafios futuros”, explica Anne.
“Estamos falando de uma educação pensada para normalizar a evolução do conhecimento tecnológico de tal maneira que torne este jovem – como símbolo da geração z – um especialista natural em práticas que, para ele, terminam tornando-se corriqueiras”, enfatiza.
Uma Jornada Personalizada de Aprendizado
O programa é estruturado para acompanhar os jovens durante diferentes fases da educação:
8º e 9º anos: Introdução ao empreendedorismo e ao universo das startups, com foco no projeto de vida do aluno.
1ª série do ensino médio: Visão geral das áreas de Business, Marketing, Design e Programação.
2ª e 3ª séries: Especialização em uma das áreas, como Marketing Digital, Design UX/UI, Programação FullStack ou Inovação e Gestão.
“Essa divisão permite que os alunos desenvolvam habilidades essenciais em etapas. Primeiro, eles exploram o mercado; depois, mergulham em áreas específicas”, afirma a gerente pedagógica, Laisa Batista.
Impacto social e inspiração para a Geração Z
Para jovens como a estudante Manuela Prata, o EZ é mais do que um programa educacional — é uma verdadeira transformação de vida. “No início, eu não via sentido em seguir na área digital, achava que não seria útil para mim, pois acreditava que tinha muito conhecimento. Mas, à medida que desenvolvi as aulas e participei dos projetos, percebi o quanto o aprendizado vai além da técnica. Estou desenvolvendo habilidades como planejamento e resolução de problemas, que têm sido cruciais não apenas para minha formação profissional, mas também para meu crescimento pessoal”, relata.
A missão do programa vai além da formação técnica. “Estamos formando cidadãos que podem construir um futuro melhor para si mesmos e para o país”, conclui Anne Stephane.
Copa EZ
Anualmente ocorre a Copa EZ, um evento voltado para alunos de escolas públicas e privadas, com o propósito de promover o protagonismo estudantil e estimular a criação de projetos inovadores que enfrentam os desafios do mercado atual. Realizada em formato híbrido, a iniciativa oferece oportunidades como mentorias, networking e integração em uma comunidade de empreendedores em crescimento.
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Fonte: assessoria de imprensa