Após sepultar o corpo da mãe em uma ala reservada para vítimas da Covid-19 no Cemitério João Batista, em Aracaju, Juliana Oliveira, que perdeu a mãe para a doença, esteve no local, nesta terça-feira (1º), e foi surpreendida ao encontrar o túmulo vazio.
Segundo ela, os restos mortais da mãe foram retirados de uma das gavetas do local sem o conhecimento da família – Foto: arquivo/família
“Isso é grave, e um grande desrespeito. Eu entendo que morreu, mas é muito difícil chegar para visitar o túmulo da sua mãe e encontrar o local vazio. Ainda mais que foi uma morte repentina como foi”, desabafou.
A dona de casa Maria Aurélia Oliveira Santos de Melo, de 65 anos, morreu de Covid-19, no dia 22 de agosto de 2020, após ficar internada 13 dias no Hospital Universitário (HU) de Aracaju. Ela deixou três filhos e três netos.
O São João Batista é o maior cemitério público de Sergipe e é administrado pela Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb).
O que diz a Emsurb
Etravés de nota, a Empresa Municipal de Serviços Urbanos informou que, em conformidade com o decreto que regulamenta o funcionamento dos cemitérios municipais, os restos mortais da referida pessoa sepultada encontram-se na prateleira nº 10, do Depósito de Ossos.
A Emsurb orientou que a parte interessada mantenha contato com a Coordenadoria de Cemitérios, localizada no Cemitério São João Batista, para obter mais informações e alinhar as possíveis providências.
De acordo com o decreto nº 5.517, de 25 de julho de 2017, que dispõe sobre as normas que regulamentam o funcionamento dos cemitérios públicos do Município de Aracaju, a utilização da gaveta rotativa é permitida pelo prazo de dois anos. Após esse período, o responsável pela pessoa falecida deverá providenciar a remoção dos restos mortais do cadáver e todos os materiais encontrados no local do sepultamento.
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Fonte: G1 SE