A Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de Sergipe (FECOMSE) e a União Geral dos Trabalhadores em Sergipe (UGT/SE) realizaram na manhã desta quarta-feira, 8, manifestações pelo Dia Internacional da Mulher. As trabalhadoras e os trabalhadores fizeram atos, panfletagem e caminhada pelas ruas centrais de Aracaju, denunciando o momento atual da tentativa de retirar direitos históricos da classe trabalhadora e reivindicando por igualdade e oportunidades e pelo fim da violência contra as mulheres. Houve, ainda, distribuição de flores para simbolizar a força feminina nas lutas históricas.
Para Solange Rodrigues, dirigente do Sindicato dos Comerciários de Sergipe e da Secretaria da UGT/Mulher em Aracaju, a data representa mais um dia de protesto contra a discriminação e pela igualdade de direitos. “O 8 de Março é mais do que comemoração, é um momento para reviver a lutas históricas das mulheres que trouxeram conquistas importantes. Mas ainda há muito que avançar. Para se ter uma ideia, cinco mulheres morrem por dia no Brasil. Em Sergipe, até agora, foram 2.400 casos de violência contra a mulher registrados na delegacia especializada”, denuncia.
A dirigente reforça também que, junto às reivindicações específicas, a mobilização das mulheres neste 8 de Marçoengloba a resistência à tentativa de retirada dos direitos da classe trabalhadora pelo governo de Michel Temer e a grande maioria conservadora e elitista do Congresso Nacional. “Saímos às ruas para dizer não à reforma da Previdência, à reforma trabalhista, à terceirização. Não aceitaremos a volta à escravidão”, garante Rodrigues.
O presidente da FECOMSE e UGT/SE, Ronildo Almeida, soma-se à luta das mulheres trabalhadoras nas suas reivindicações de gênero e na mobilização contra a tentativa de retirar direitos históricos da classe trabalhadora. “É uma data que requer comemoração, mas, acima de tudo, alerta para a necessidade de avançarmos na luta por igualdade e respeito. Chega de violência contra a mulher. E basta de as trabalhadoras e os trabalhadores serem desrespeitados nos seus direitos. Não pagaremos a conta por essa crise inventada”.
Neste 8 de Março dizemos NÃO:
À reforma da Previdência, que aumenta para 65 anos o tempo mínimo para aposentadoria, tanto mulher quanto homem, e exige uma contribuição à Previdência de, no mínimo, 49 anos. Na prática, as mudanças impedem que as trabalhadoras e trabalhadores se aposentem;
À reforma trabalhista, que quer impor uma jornada de trabalho de 14 horas e retirar direitos;
À terceirização, que não dá nenhuma segurança e garantia às trabalhadoras e aos trabalhadores;
À jornada dupla de trabalho, que coloca para as mulheres uma carga de trabalho desigual e exige políticas públicas que combatam essa realidade.
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ASCOM/UGT/FECOMSE