Do G1 Sergipe
A greve dos professores de São Cristóvão (SE), na região metropolitana de Aracaju, ganhou o reforço dos estudantes do município que de rostos pintados seguraram faixas e cartazes de repúdio contra a prefeita Rivanda Batalha (PSB). A manifestação aconteceu na noite desta terça-feira (12), em frente à Câmara Municipal da cidade, onde acontecia uma sessão que debatia o caso.
Paralisados desde o dia 04 deste mês, pela falta do pagamento dos salários de dezembro, 13º e mais gratificações, os profissionais da rede municipal dizem que não entendem qual o critério utilizado para o corte do dinheiro e nem tão pouco a prefeitura tem cumprido o que foi acordado entre os vereadores. Segundo os professores, em janeiro os servidores tiveram 40% do salário cortado e em fevereiro 252 professores voltaram a não receber.
“Essa questão do corte nos salários é algo muito mal explicado e de própria confusão entre os gestores da cidade. Tem professor que já apresentou o plano de aula no início do ano e mesmo assim tá sem receber nada”, afirma a professora Ivanete Barreto.
“A cidade de São Cristóvão é sustentada pelo dinheiro dos servidores públicos. É triste ver professores que já estão fazendo empréstimos para poder se alimentar”, disse o estudante Júlio César Franco.
A estudante Nasha Matos ressaltou que apesar do corte dos servidores, houve o aumento em outras taxas. “A prefeita diz que precisa cortar gastos, mas a conta da luz e água aumentou de preço e os salários dos vereadores continuam os mesmos”.
Segundo o representante da prefeita na Câmara Municipal, Gilson dos Santos, todos os cortes podem ser justificados. “O professor que apresentar o seu plano de aula anual na sua respectiva unidade de ensino, vai receber o salário normalmente”, afirmou.
O vereador Geverton Pereira defende que o maior problema em São Cristóvão é a falta de gestão. “Não é justo punir o servidor público pela falta de gestão e o atraso desta cidade. Estamos fartos de tantas desculpas”, enfatizou.
O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Sergipe (Sintese) vai abrir um mandato de segurança contra a prefeitura e diz que não recebeu notificação legal sobre qualquer processo administrativo aberto pela prefeitura para apurar as irregularidades na educação.
“Os professores continuam em greve porque entendem que o justo é trabalhar e receber pelo serviço prestado. Não iremos descruzar os braços enquanto a prefeita não pagar o que deve e negociar a dívida”, declarou o representante do Sintese, Erineto Vieira.
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