Em nota divulgada na manhã dessa sexta-feira, 21, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) diz que os constantes aumentos dos custos para operação do serviço têm causado desequilíbrio econômico para as empresas que prestam o serviço, dentre eles o recente aumento do imposto sobre os combustíveis, anunciado nessa quinta-feira, 20, pelo Governo Federal.
Confira a nota do Setransp:
O setor de transporte em Aracaju vem enfrentando desequilíbrio econômico proveniente dos constantes aumentos dos custos para operação do serviço somado a queda no número de passageiros pagantes, que caiu 17,33% entre o primeiro semestre de 2015 e 2017. Hoje, na diferença entre a tarifa e despesas, o setor aponta uma defasagem de 29%.
Com essa realidade problemas aparecem frequentemente, como por exemplo, a paralisação na renovação da frota de ônibus. Há três anos a capital e região metropolitana não têm renovação com ônibus novos, e, entre outras coisas, todas as empresas que operam o transporte aqui encaram dificuldades todos os meses para pagar os salários dos seus colaboradores em dia.
Nos últimos cinco anos, os custos para operação no serviço do transporte público na Grande Aracaju tiveram 53,08% de aumento no preço do combustível e 53,84% de acréscimo salarial aos trabalhadores rodoviários. Nesse mesmo período a tarifa de ônibus marcou uma correção de 37,78%, sendo que na época do último reajuste — em dezembro de 2015 — o percentual de reajuste já não atendia a necessidade de revisão da tarifa, de acordo com os aumentos dos custos, junto a queda dos passageiros pagantes do transporte, para equilíbrio do setor.
Aracaju já assistiu a consequência drástica da não garantia do equilíbrio econômica-financeiro para o transporte, com a falência de empresas de ônibus, com demissão em massa e saída do sistema. E, infelizmente, esses fatos tendem a ser inevitáveis diante da crise que se alastra no setor do transporte público da capital sergipana e grande Aracaju onde não existe fonte de custeio para as gratuidades implantadas, nem exoneração de cargas tributárias, nem tão pouco subsídio para o serviço.
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Redação SE Notícias, com informações do Setransp