“Faço uso da palavra nesta tarde de segunda-feira (04), não para me defender ou responder aos boatos dos últimos dias, mas para conclamar a sociedade sergipana, principalmente aqueles que nos assistem através da TV Alese, a fazer uma reflexão daqueles que atualmente compõem a política do nosso estado”.
E continuou: “uma reflexão do comportamento, da ética e da dignidade daqueles que contribuem ao seu modo, ao seu entendimento, com a política e com a construção do estado de Sergipe. Daqueles que estão no congresso representando o povo sergipano e o povo brasileiro. É preciso que a verdade venha à tona. É preciso que a dignidade, o sentimento de respeito, seja evocado aqui nesta tribuna, por que esta é uma casa de respeito, que não atura inverdades”.
Foi com esse discurso de indignação que o deputado estadual, Gustinho Ribeiro (PSD), discursou na Assembléia Legislativa. O parlamentar, que em momento algum citou o nome de algum parlamentar, informou que não ia sair do seu nível, da sua condição de legítimo representante do povo sergipano, para se afogar na lama daqueles que, segundo ele, “desmoralizam a classe política sergipana”.
– Alguns boatos sobre a minha conduta, foram levantados por um colega deputado e eu não posso e eu não vou aceitar qualquer tipo de acusação inverídica, leviana, que tenta desmoralizar não o deputado estadual Gustinho Ribeiro, mas a esta casa e a Corte de Contas. Fui acusado de um crime grave, que eu tenho certeza absoluta, nenhum de nós seriamos capazes de cometê-lo, porque todos nós temos compromisso com uma coisa que considero sagrada, que é a nossa consciência, salientou.
Gustinho disse ainda que todas as acusações a ele atribuídas , são uma “verdadeira palhaçada daqueles que utilizam da imunidade do mandato parlamentar, para denegrir pessoas e instituições do estado. Hoje sou a vitima, mas amanhã o escolhido pode ser um de vocês. E por esse motivo faço esse discurso, com toda a minha veemência, por que é preciso dar um basta a este tipo de política em nosso estado” afirmou.
O deputado disse que ficou sabendo das acusações quando ainda estava em Natal, participando de um Congresso da Unale e fez questão de esperar até o dia de hoje (ontem), para se pronunciar pessoalmente.
– Assim que os boatos vieram à tona, fui surpreendido por várias pessoas que, assim como eu, se sentiram indignadas e trouxeram até a mim mais de 40 processos contra esse boateiro, se é que existe esse nome. Mas eu não vou me utilizar disso, pois não é do meu feitio fazer julgamento, não sou eu que vou julgar ninguém, é para isso que existe a justiça. Não esquecendo da maior delas, que é a justiça divina, informou.
Gustinho encerrou o discurso desafiando o colega que o acusou, a levar o caso à justiça, para que o boato seja investigado, sugerindo também que a Alese faça uma investigação e se algum dos seus membros for condenado, renuncie ao mandato.
Gustinho deu por encerrado assunto, “pois as medidas estão sendo tomadas através da minha assessoria jurídica. Quem cuidará dos agressores, dos algozes é a justiça. E o meu desafio está de pé, para que a gente possa mostrar à sociedade quem é quem e quem merece continuar na vida pública”.