O Parque da Cidade, considerado coração da capital, ganha mais uma atividade para preservação da fauna e flora. O local agora passa a ser também o endereço do Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas) do Governo de Sergipe – um zelo com os animais silvestres que chegam doentes, com lesões e que precisam de tratamento depois de serem resgatados ou serem entregues voluntariamente, pelas equipes de fiscalização da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema). O Cetas foi criado no segundo semestre deste ano onde também está localizado o zoológico de Aracaju.
Atualmente, o Cetas cuida de 400 animais silvestres, entre os que moram no zoológico e os que passam uma temporada para se recuperarem de maus-tratos, a exemplo de uma coruja buraqueira, encontrada ferida no bairro Siqueira Campos, na Zona Norte da capital, que foi tratada e medicada e deverá ser devolvida a natureza tão logo esteja curada.
Com o centro de tratamento, o estado passa a contar com um espaço adequado para cuidar da saúde, tanto dos animais que moram no zoológico, quanto dos que chegam, através das equipes de resgate da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema). Os tratamentos são realizados no local e, quando reabilitados, os animais são devolvidos para áreas de proteção ambiental.
O secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs), Ubirajara Barreto, ressalta a importância da implantação deste centro como um reforço significativo no cuidado com a saúde da fauna sergipana. “O Cetas tem a função de reabilitar os animais silvestres para devolvê-los à natureza e foi pensado para ser implantado justamente em uma área de preservação ambiental que já é administrada pelo Governo do Estado, através da Sedurbs, para os animais se recuperarem em um ambiente mais propício”, relata.
Além de veterinários, a equipe que compõe o centro é composta por biólogos, engenheiros florestais, engenheiros agrônomos e engenheiros ambientais. A coordenadora de fiscalização da fauna e flora da Adema, Rosana Fernandez, explica como é feito esse trabalho de atenção e cuidado dos animais que chegam para reabilitação e dos que já são moradores do zoológico. “Aqui nós tentamos recuperar os animais que chegam doentes e vítimas de maus-tratos, para depois reinseri-los de volta à natureza. Caso isso não seja possível, garantir que ele tenha um fim de vida digno. Com os animais do zoológico o trabalho é acompanhar o cotidiano deles e fazer todos os cuidados para que tenham uma vida saudável e tranquila”, detalha.
A Adema também desenvolve projetos para revitalização do zoológico, como a criação de um Museu Educacional com animais em taxidermia, exposições de esqueletos, quadros informativos e interatividade; Trilhas, caminhadas e passeios ecológicos, com informações educativas sobre todas as espécies de árvores e plantas no decorrer dos passeios; Projeto mais saúde, com atividades de educação física ao ar livre; Educação ambiental, com excursões de escolas e universidades, palestras educativas, renovando a atmosfera do zoológico para que este seja um centro de recreação, lazer e educação, para toda a sociedade sergipana e turista.
“A intenção do órgão é o quanto antes, firmar parcerias com escolas públicas e particulares, com o objetivo de apresentar palestras e encontros de forma a desenvolver a conscientização dos alunos para a preservação do meio ambiente que inclui a fauna e a flora. Também já está sendo elaborado um projeto para reprodução assistida, com o objetivo de reintrodução de animais que vierem a ficar em situação de perigo de extinção”, detalha o presidente da Adema, Gilvan Dias.
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