E mais uma vez os professores da rede pública de Sergipe inovam. No segundo dia de Pré-Caju, milhares de educadores da capital e interior tomaram conta do “corredor da folia” da prévia carnavalesca.
Com sua criatividade e irreverência os educadores protestaram contra a Lei Complementar 213/2011 que dividiu a carreira do magistério da rede estadual e também apresentaram suas reivindicações. “O Pré-Caju é um momento festivo, mas também é o palco que os professores utilizaram, de forma inédita, para apresentar sua pauta para a sociedade sergipana”, disse a presidenta do SINTESE, Ângela Maria de Melo.
O som das bandas Bacanas do Frevo, Bacanas do Ritmo, Os Indomáveis, o aplauso e as palavras de apoio do público foram o combustível dos educadores durante todo o percurso. A cobra “devoradora da Educação Pública” e os malabaristas em pernas de pau chamaram a atenção de quem estava na avenida e também nos camarotes. “Trouxemos para a avenida a nossa experiência pedagógica de através do lúdico transmitir a nossa mensagem de luta”, apontou a presidenta.
A deputada Ana Lúcia acompanhou os professores durante todo o percurso. “Os professores estão nas ruas neste momento de festa, mas sem esquecer-se de suas reivindicações. Estamos mostrando que em qualquer espaço podemos dialogar com a população sobre as condições dos trabalhadores da educação e da escola pública sem perder a criatividade”, disse a deputada.
Outro olhar
O bloco “Pisados por Déda e Esmagados pelos Deputados” mostrou a capacidade de luta dos professores e também fez com que a sociedade sergipana tivesse outro olhar para o Pré-Caju, para a sua organização, em como recurso público é utilizado.
O bloco mostrou a todos que é possível fazer uma festa aonde as pessoas não sejam separadas entre aqueles que podem comprar um abadá e aqueles que ficam na pipoca. Demonstra a possibilidade de realizar uma festa deste porte que se utilize de elementos da cultura popular para fomentar o diálogo entre os diversos segmentos da sociedade.
Apoio
O bloco também recebeu apoio dos policiais militares que protestavam por melhores condições de trabalho durante a prévia.
Site do Sintese