A décima sétima edição do Big Brother Brasil, que avança hoje para a segunda semana, depois da eliminação de ontem, é uma tentativa da TV Globo de renovar o formato licenciado junto à produtora holandesa Endemol. Os esforços da produção do reality show para isso, entretanto, parecem poucos, pelo menos até agora.
De significativo, apenas a substituição de Pedro Bial por Tiago Leifert e a inclusão dos gêmeos Mayla/Emilly e Antônio/Manoel no programa foram colocadas em prática.
Para impulsionar o jogo logo na largada e fomentar intrigas entre os participantes, nada realmente impactante parece ter sido pensado.
Movimentos marcantes em outras edições ou nas versões gringas da franquia – como o quarto branco, falsas eliminações de participantes, divisão da casa em dois grupos e votações abertas, só para ficar em ações simples – eram boas opções de serem reavivadas.
Novas ideias, desde que tirem as peças do lugar no tabuleiro, também são bem-vindas. Tempo não falta, já que o jogo, iniciado com a eliminação dos gêmeos Antônio e Mayla e a formação do paredão entre Gabriela e Marcos, ainda está engrenando.
O elenco, bastante diverso, tem tudo para render bons momentos, mas a falta de intervenção do big boss pode jogar fora esse potencial, que já vem sendo demonstrado.
O jogo
Em poucos dias, sem nenhum movimento da produção, já pudemos assistir fofocas, formação de pequenas panelinhas, problemas de convivência e tudo mais que nós, fãs de reality show, adoramos ver. Mas ainda em ritmo lento.
Tiago Leifert, que dá ao programa um ar menos sisudo que Bial, o que é positivo, ainda se perde em momentos decisivos, como formação de paredão e eliminação, mas nada que o tempo não corrija.
Mayara e Vivian já despontam como as personagens de destaque. São candidatas fortes ao posto de vilãs, mas isso vai depender do humor de quem edita os aproximadamente 50 minutos de arte do programa na televisão. Afinal, a escolha do conteúdo que vai ao ar e do que fica de fora – assim como a forma de narrar os acontecimentos – é o que decide, de fato, quem o público vai amar ou odiar.
A dupla de “amigas” caminha entre a espontaneidade e a vilania. Primeiras líderes e pioneiras na formação de casais nesta edição, foram também as primeiras a procurar desavenças. Implicaram com a dançarina Gabriela Flor e construíram uma imagem negativa dela que resultou em sete votos contra a baiana na votação do último domingo.
Na hora de escolher quem indicar, porém, não colocaram Flor na berlinda. Votaram no cirurgião Marcos, o que tornou o paredão de ontem obra exclusiva das duas, já que influenciaram decisivamente uma indicação e decidiram sozinhas a outra. São boas jogadoras, não há como negar, mas a pecha de antipáticas está grudando aos poucos.
Roberta, a vloguer gorda e engraçada; Emilly, a gêmea sincera; Elis, a braziliense barraqueira e estridente; Ieda, a velhinha metida a jovem; e Rômulo, o diplomata sem papas na língua, são outros personagens que parecem interessantes para o jogo.
Só o tempo dirá se entregam o que prometem. Oxalá ajude Bis Boss a dar um empurrãozinho, mesmo que leve.
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por Yuri Silva/ATarde UOL