A Procissão do Fogaréu, um dos mais importantes eventos religiosos de Sergipe, volta a ocorrer em São Cristóvão no dia 06 de abril. Desde 2019 a celebração de fé não era realizada, em função da pandemia da covid-19.
Este ano o evento deve contar com a participação de cerca de 250 homens e será iniciado às 18h com uma missa celebrada na Igreja Nossa Sra. da Vitória, na Praça da Matriz. Logo após, os fiéis percorrem as ruas do Centro Histórico em uma procissão iluminada por tochas (a iluminação pública será desligada durante a procissão nas vias previstas para a passagem do cortejo). Durante o percurso, que vai passar pelas praças do Carmo e São Francisco, são encenados atos da Paixão de Cristo como a entrada de Jesus em Jerusalém, a Última Ceia, a perseguição a Cristo e a condenação de Jesus.
O evento é realizado de forma independente por uma comissão conhecida como G12 (grupo formado por homens, que encenam momentos que antecedem a crucificação de Jesus), e conta com o apoio da Prefeitura de São Cristóvão que fornece apoio logístico, estrutura e divulgação, como explica Luís Carlos Freire, que há 45 anos trabalha na organização do evento: “a gestão dá um apoio muito importante. A SMTT vai nos ajudar, retirando os carros do percurso da procissão e a Prefeitura também colabora com a divulgação da festa, que para nós é muito importante”, pontuou Freire.
A diretora-presidenta da Fundação Municipal de Cultura e Turismo (Functur) Paola Santana, destaca o compromisso da gestão municipal com a realização dos eventos tradicionais na cidade, como as celebrações religiosas que fazem de São Cristóvão o grande pólo do turismo religioso em Sergipe. “Esse tipo de celebração para além da demonstração de fé das pessoas, coloca a cidade em evidência, joga luz em seu patrimônio arquitetônico e na sua história secular. Além de oxigenar o comércio local. É a fé que move as pessoas e que move o município inteiro”, concluiu Paola.
Tradição
A Procissão do Fogaréu foi trazida pelos portugueses e desde o século XVIII faz parte do calendário cultural do município. Vale frisar que no ano de 1963 aconteceu uma interrupção do evento, por ordens de Frei Fernandes, que justificou, na época, a não compreensão da simbologia por parte dos homens que participavam do séquito. A retomada da tradição do Fogaréu aconteceu em 1978, e, desde então, a mobilização popular ocorria ininterruptamente. Desde 2019, no entanto, a organização do evento foi suspensa, por conta da pandemia da covid-19.
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Fonte: ascom/PMSC