O Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) é um transtorno mais comum do que se imagina. Segundo pesquisas do Hospital Israelita Albert Einstein, são diagnosticados mais de 2 milhões de casos por ano no Brasil. Este transtorno não tem cura e é crônico, e pode ser resultado de algum trauma ou evento violento que tenha colocado a vida do indivíduo em risco ou de alguém próximo. Sarah Lopes, psicóloga do Hapvida, destaca que não é possível determinar o tamanho do trauma.
“É preciso saber que um trauma é qualquer situação que ocorra que fere a ordem natural das coisas, neste caso, não é possível mensurar o tamanho do trauma, isto porque é relativo para cada indivíduo”, explica.
Em muitos casos o transtorno demora para ser identificado e tratado, isso, porque o indivíduo geralmente não busca ajuda após o evento traumático. Os sintomas são semelhantes a uma crise de ansiedade, sendo físicos e emocionais.
“O indivíduo pode sentir dor no peito, palpitações, falta de ar, boca seca, sudorese, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, entre outros. Estes sintomas ocorrem quando o indivíduo imagina que poderá vivenciar novamente uma situação de trauma, ou seja, caso tenha sofrido algum acidente de trânsito, poderá sentir estes sintomas ao entrar novamente em um carro, e perceber que existe a possibilidade de ocorrer novamente, os sintomas também são marcados por flashbacks e pesadelos que remetem a memória do trauma. Por exemplo, a pessoa sofreu um assalto, então sempre que anda nas ruas fica com um comportamento persecutório, acreditando que a qualquer momento poderá ser novamente assaltada”, explica.
A especialista ressalta que é possível viver com a doença, mas o acometido dificilmente consegue ficar bem. “É um incômodo muito grande o indivíduo estar sempre temendo um novo evento, como se o que não esperava que pudesse acontecer, agora, após o trauma, ele espera que aconteça sempre. Espera-se que em cerca de 90 dias após o tratamento, os sintomas do estresse pós-traumático se estabilizem e seu funcionamento cerebral retome o curso normal, porém, é preciso saber que caso uma situação ocorra novamente, o TEPT poderá retornar, ou em alguns casos, dentro de uma pré-disposição, este quadro poderá evoluir para outros transtornos”, elucida.
A psicóloga alerta que é fundamental buscar o tratamento adequado junto ao psicólogo e, a depender do grau do transtorno, fazer o acompanhamento com o psiquiatra para uso de medicação com a finalidade de regularizar o funcionamento cerebral.
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