O colégio eleitoral norte-americano reúne-se hoje (19) em todos os estados do país para ratificar o resultado das eleições presidenciais. Ao todo 538 delegados vão votar para confirmar a vitória do republicano Donald Trump. O que era para ser uma mera formalidade no processo eleitoral – a homologação do colégio eleitoral do resultado das eleições presidenciais norte-americanas – está causando protestos nos Estados Unidos.
No Texas, na Pensilvânia e na Carolina do Norte manifestantes pediram que os delegados impeçam a vitória de Trump, deixando a decisão para o Congresso do país. Geralmente os delegados seguem a orientação do partido que venceu no estado e somente referendam o resultado.
Nestas eleições, parte da opinião pública protesta e pressiona os delegados com petições eletrônicas em favor da mudança de voto do colégio eleitoral. Em uma delas, mais de 4 milhões de norte-americanos pediram que o colégio eleitoral mude o voto e decida não eleger Trump.
Os delegados são cidadãos escolhidos pelos partidos políticos e cabe a eles depositar em urnas um “certificado de voto” para confirmar o resultado do processo eleitoral feito em novembro.
Os nomes são designados pelo partido vencedor em cada estado. Os delegados escolhidos, em teoria, acompanham o voto das eleições nos estados. Por isso Donald Trump deve ter seu nome ratificado, porque ele obteve 306 delegados, 36 a mais que os 270 necessários para uma vitória no colégio eleitoral.
A controvérsia em torno da votação do colégio eleitoral advém do fato de Trump não ter vencido com maioria dos votos populares e também pelas escolhas que já fez para o seu gabinete, que desagradam até mesmo os republicanos.
Até agora somente um delegado do Texas manisfestou-se publicamente e disse que vai votar contra a orientação (Trump venceu no estado), em favor de sua consciência. A expectativa é de que o nome de Trump seja ratificado, ainda que possa haver mais dissidentes no colégio eleitoral este ano.
O resultado da votação do colégio eleitoral será conhecida no dia 6 de janeiro, quando os votos serão contados pelo Congresso dos Estados Unidos. Em uma hipótese de o colégio eleitoral decidir por não aprovar a eleição de Trump, a decisão caberia aos parlamentares.
Ao contrário, se o nome dele for ratificado, Donald Trump tomará posse no dia 20 de janeiro de 2017.
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