Aracaju é uma das três capitais escolhidas no país para receber o piloto do Plano Nacional de Segurança, em elaboração pelo Ministério da Justiça, que deverá ser estendido para todas as capitais até o fim de março do ano que vem. Natal e Porto Alegre também vão receber ações do Plano Nacional. Desde maio, o secretário da Segurança Pública de Sergipe, João Batista Santos Júnior, e demais gestores da forças policiais de Sergipe alinham detalhes com o Ministério da Justiça.
O Plano prevê como prioridades a redução de homicídios, dos casos de violência contra a mulher, além da racionalização do sistema penitenciário e a proteção das fronteiras. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse em reunião com secretários da Segurança Pública, em Goiânia (GO), ná ultima quinta-feira (10) que serão investidos R$ 1,2 bilhão do orçamento na área de Segurança Pública e Penitenciária, em Aracaju e outras cidades com alta taxa de crimes violentos, até o final do ano.
O próprio secretário da Segurança Pública, João Batista Santos Júnior, e o delegado geral, Alessandro Vieira, se reuniram com representantes do Ministério da Justiça e com representantes dos outros estados, no intuito de encontrar alternativas e soluções para a redução dos índices de criminalidade no país. A Secretaria de Justiça e Cidadania de Sergipe também esteve engajada, com a apresentação de informações sobre o sistema prisional ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão também ligado ao Ministério da Justiça.
Houve reuniões com gestores sergipanos desde a última quarta-feira, dia 9, em São Paulo e Goiânia. “Temos nos esforçado muito em Sergipe para diminuir as altas taxas de crimes violentos, como os homicídios. Conseguimos estagnar no primeiro semestre, mas os números cresceram no segundo semestre. Sem uma ação planejada, com o protagonismo do Governo Federal, é difícil diminuir os índices”, analisou João Batista.
A ação federal irá destinar tropas da Força Nacional para operações ostensivas nas áreas de maior incidência criminal violenta. O apoio da Força Nacional de polícia judiciária, que complementa o apoio ostensivo, irá atuar com delegados, agentes e escrivães para atuar ao lado de equipes das polícias estaduais, conforme explicitou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante encontro do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil, em São Paulo, onde ouviu propostas dos delegados-gerais dos Estados. Para formar o efetivo, a pasta deve lançar nesta semana o primeiro edital para até 7 mil policiais da reserva interessados na atividade.
O ministro deve continuar se reunindo com categorias da área da segurança e do Judiciário para ouvir propostas e incorporá-las ao plano. Anteontem, reuniu-se com secretários de Segurança estaduais e está marcada para a próxima semana encontro com procuradores-gerais de Justiça. O plano finalizado está previsto para ser lançado no início de dezembro, após análise do presidente Michel Temer.
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Ascom/SSP/SE