Uma profissão que é só coração atrai pessoas que desejam trabalhar pela consolidação de uma sociedade mais justa. Para que a população em geral tenha acesso a direitos sociais fundamentais, muitas lutas fazem parte do dia a dia de milhares de profissionais inseridos na área da assistência social, com atuação principal no serviço voltado para parcela da população que se encontra em situação de vulnerabilidade social. São esses profissionais que celebram seu dia neste domingo, 15 de maio, data que segundo o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), tem como objetivo dar visibilidade à profissão e às suas bandeiras de luta.
Em Sergipe, é a Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh) a responsável por atuar no desenvolvimento de políticas públicas de garantias de direitos nas mais diversas áreas. Neste trabalho, está inserida a atuação da Coordenadoria da Inclusão e Assistência Social, que tem como objetivo garantir proteção social aos cidadãos, ou seja, apoio a indivíduos, famílias e à comunidade no enfrentamento das suas dificuldades. Sua atuação é norteada pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que organiza os serviços de assistência social no Brasil.
“A Coordenadoria de Inclusão tem três departamentos: o de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional, e o Departamento de Inclusão Produtiva. No Departamento de Assistência Social estão os serviços da Proteção Social, divido em Proteção Básica, Proteção Social Especial e o Controle Social – que corresponde à atuação do Conselho Estadual de Assistência Social”, explica a Coordenadora de Inclusão e Assistência Social da Seidh, Aída Almeida. Ainda segundo ela, o trabalho do assistente social não deve apenas se basear na garantia de políticas assistenciais, mas de direitos como um todo. “Hoje, o papel desse profissional é atuar na luta pela garantia dos direitos sociais e, para isso, nós estamos engajados em todas as frentes, em áreas como trabalho, educação, saúde e direitos humanos, entre outras”, enfatizou.
Para assegurar que esses direitos sejam preservados, uma das Assistentes Sociais da Seidh, Rita de Cássia Ferreira, atua na presidência do Conselho Estadual de Assistência Social, que fiscaliza os serviços que são ofertados à população. “O Conselho é responsável por realizar o controle social das políticas públicas de assistência social, a fim de garantir que a sociedade faça parte da gestão pública. O que buscamos é fortalecer tal controle para que, assim, a população tenha seus direitos assegurados”, pontuou.
Atualmente, A Seidh executa três serviços diretamente prestados à população: dois abrigos regionais, localizados nos municípios de Frei Paulo e Carmópolis; e a Casa de Passagem Estadual, situada na Avenida Maranhão, na capital. Todos esses espaços contam com a presença de assistentes sociais assessorados rotineiramente, para melhorar a qualidade do serviço prestado, como conta a Gerente de Proteção Social Especial da Seidh, Kátia Ferreira.
“Nós temos também um trabalho fundamental no assessoramento e monitoramento de outros serviços, como nos 74 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) implantados no estado, e em 35 abrigos. Além disso, nós realizamos ações nos abrigos regionais e nas casas de passagem, que são execuções diretas do estado. Já a Proteção Social Básica realiza o assessoramento dos 108 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) distribuídos em Sergipe”, detalha.
Mudando vidas
Usuário de um desses serviços, Jorge Domingos, 44, está instalado na Casa de Passagem Estadual com sua esposa e três filhas há cerca de um mês. Jorge e a família residiam em Juazeiro, quando precisaram se deslocar para Aracaju. “O emprego lá não deu certo e a gente veio para cá. O que a gente queria era arrumar uma ocupação e se instalar em um local, mas estava tudo muito caro, foi quando minha mulher teve a ideia de procurar um Centro de Referência Especializado para população em situação de rua aqui do estado, que nos encaminhou para esta casa”, conta.
Ainda segundo ele, instruída pela equipe da Casa, o que a família busca é continuar em Sergipe. “Isso aqui está mudando a nossa vida. Meus filhos não tinham expectativa de estudo, de nada, e agora têm. Eu acho que passar por toda essa dificuldade acabou trazendo a gente aqui, onde as coisas estão começando a se acertar, graças ao apoio que minha família recebe diariamente”, diz seu Domingos.
Na Casa de Passagem, que segundo a Assistente Social Fernanda Fraga, realiza um acolhimento de até três meses, são ofertados todos os serviços assistenciais, a exemplo da articulação com a rede socioassistencial, a reinserção familiar e a promoção de acessos a benefícios. Usufruindo desses serviços está Fernando Costa, 46, que passa pela casa pela segunda vez. “É ótimo estar aqui, quando acabou meu período aqui da primeira vez fui encaminhado para Boquim, mas voltei faz um mês. Aqui eu me sinto em paz”, conclui Fernando sobre o serviço, cujo sucesso só é alcançado com a dedicação dos profissionais da Assistência Social.
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Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Mulher, da Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos – SEIDH
Governo de Sergipe