O Governo do Estado investe na preparação de cerca de 350 homens e mulheres para atuar na Polícia Militar (PM). Somando todos os profissionais dos concursos recentes que já foram incorporados, mais os que estão em formação, são pouco mais de 1.500 novos agentes de segurança pública em Sergipe. Nesta semana a Polícia Civil (PC) encerrou o curso de 460 alunos e vai ampliar em 10% o efetivo atual. A previsão é que, destes, sejam chamados 100 profissionais para ocupar o cargo de agente de polícia judiciária substituto e 20 de escrivão substituto que devem ir, inicialmente, para o interior. Os demais ficam em cadastro reserva e podem ser convocados posteriormente.
Nomeada pelo delegado e diretor da Academia de Polícia Civil (Acadepol), Jocélio Fróes, como a melhor turma de agentes e escrivães da Polícia Civil que o estado já teve, a equipe de 460 alunos recebeu treinamento intenso com 400 horas de atividades curriculares, envolvendo aulas como as de técnicas modernas de investigação, manejo e emprego de arma de fogo, e inquérito policial. “Temos certeza que nossos alunos estarão completamente aptos para desenvolver um excelente trabalho policial no estado”, salientou Jocélio Fróes, acrescentando que o penúltimo concurso da Polícia Civil aconteceu há 10 anos, e que era realmente necessária a chegada de novo efetivo.
A aluna do curso para agente, Sandy Goes da Cunha, 28, considera que os três meses de aprendizado foram uma experiência única e intensa. “Como não atuava na esfera da segurança pública, todo esse universo foi completamente novo para mim. Tínhamos todos os dias praticamente 12h de aulas práticas e teóricas, tudo intensamente massificado para que apresentássemos um excelente desempenho na atividade policial. Estou bastante satisfeita e feliz com o curso”, declarou.
Para o secretário Mendonça Prado, a formação dos novos profissionais vai oxigenar a polícia e propiciar melhores condições para combater a criminalidade. “Sabemos que temos déficit de efetivo na Polícia Civil, mas a formação desses agentes e escrivães reafirma o compromisso do Estado em melhorar a segurança pública, formando 460 pessoas extremamente capacitadas que foram selecionadas em um concurso que exigiu alto grau de conhecimento”, enfatizou.
O concurso, realizado pelo Governo do Estado em 2014, faz parte de uma política de investimentos na área da Segurança Pública. Neste sentido, o Estado viabilizou uma quantia de R$ 1,5 milhão para a formação de 460 homens e mulheres participantes do curso. Os recursos foram destinados para aquisição de diversos materiais como: 200 novas armas, entre carabinas de calibre .30 e .40 para treinamento; 100 mil munições de treinamento; coldres de cintura ostensivo; equipamentos de proteção e segurança individual; fardamento; ajuda de custo (bolsa) para os alunos em formação; além do fornecimento de alimentação – fato inédito na história dos cursos de formação realizados pela Acadepol; entre outros.
Novo efetivo na Polícia Militar
Enquanto 657 novos policiais militares já atuam em Sergipe, 350 alunos estão em formação para atuar na segurança do estado. Divididos em sete pelotões, os estudantes já concluíram dois de quatro módulos e devem finalizar a preparação de todo o curso no início de 2016. Larissa das Neves Bonfim é um desses profissionais. Ela largou a carreira de advocacia para se dedicar a PM.
“Sempre achei a profissão interessante e importante, pois têm pessoas que dão suas vidas para salvar e resguardar a vida dos demais. Era um concurso que sempre tive vontade de fazer, então surgiu a oportunidade, fiz o concurso e me sinto bem realizada”, comentou Larissa, acrescentando que a segurança do estado vai melhorar com a chegada desse novo reforço.
Vanessa Menezes também deixou a profissão para seguir a carreira militar. Ela dava aulas de História e conta que quis ter acesso a experiências diferentes. “Nunca sonhei em ser PM, mas durante o curso me identifiquei. Gosto muito da linha de polícia comunitária e quero fazer um trabalho de proximidade. Estamos tendo uma nova visão desse tipo de policiamento e devemos fazer trabalho de apoio a comunidade e não de repressão”, disse.
De acordo com o comandante do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), tenente-coronel Aragão, a atual filosofia do comando de polícia é que haja resgate do policiamento comunitário e também um feedback entre a sociedade e a PM.
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