Uma comissão de professores da Escola Estadual Olga Barreto acompanhados da deputada estadual Ana Lúcia e da diretora do Departamento de Base Estadual do SINTESE, Cláudia Oliveira foram recebidos na última segunda-feira, 15, por João Augusto Gama, secretário de Estado do Orçamento, Planejamento e Gestão e pela secretária adjunta da pasta, Lucivanda Nunes. A audiência foi solicitada pelos educadores ao governador Jackson Barreto no dia 07 de setembro.
Na pauta a situação da escola que carece de estrutura física adequada e após o ocorrido no mês de agosto (onde o professor foi baleado por um estudante) o caso agravou-se. Obras de reparo foram iniciadas na unidade de ensino e até agora não foram concluídas. A reforma da quadra da escola foi iniciada em agosto de 2013 e até o momento não há prazo para conclusão.
“A escola atualmente não tem nada a oferecer aos alunos. Não há projeto pedagógico que resista a falta de estrutura”, desabafa a professora Sandra Isaltina.
A pedagoga Djalva Lima contou que sem o término da reforma a escola perderá ainda mais alunos e corre o risco, inclusive, de encerrar as atividades, deixando de atender uma comunidade que necessita de estabelecimentos de ensino. “O único espaço que tínhamos para desenvolvermos atividades sejam pedagógicas ou de recreação foi utilizando para expandir a cozinha e ser utilizado como refeitório. Não há como ter um processo adequado de ensino e aprendizagem nessas condições”, relata.
A escola conta com 16 salas e tinha quase 1300 alunos, atualmente o número mal passa dos 900. O presidente do Conselho Escolar, professor Daniel Ferreira Barros de Araújo disse que é necessário uma ação mais efetiva do Estado, pois a escola hoje está com uma referência negativa não só na comunidade do Eduardo Gomes, mas também em todo o Brasil. “Já tínhamos problemas em trabalhar sem a mínima estrutura e após o ocorrido com o professor Carlos Christian a referência da escola onde trabalhamos hoje é mais negativa possível”, aponta.
A diretora do departamento de Base Estadual do SINTESE, que também leciona no Olga Barreto apontou que há anos a comunidade escolar vem solicitando reformas e melhores condições de estrutura, quando tanto a reforma da quadra quanto do prédio iniciaram todos ficaram empolgados, mas agora o clima na escola é de indignação e revolta.
A deputada Ana Lúcia enfatizou que a Secretaria de Estado da Educação está “perdida” não só com relação às ações efetivas em relação a Escola Estadual Olga Barreto, pois no momento a unidade de ensino e a comunidade escolar vivem uma situação delicada, mas em relação a violência nas escolas e sobre o debate das questões pedagógicas. Para a parlamentar o Estado precisa dar uma resposta mais célere à sociedade sobre quais ações está promovendo para reverter o quadro.
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Da Assessoria