O ex-prefeito, do município de Capela (SE), Manoel Messias Sukita Santos, chegou ao Instituto Médico Legal (IML) encoberto com um lençol amarelo, na manhã desta quarta-feira (04), para ser submetido a exames de corpo de delito juntamente com sua esposa, irmã e ex-secretário do município na sua gestão, após serem presos e estarem sendo investigados por atos de improbidade administrativa, crimes de lavagem de dinheiro e de responsabilidade acima de R$ 4 milhões.
Os suspeitos passaram a noite desta última terça-feira, na 3ª Delegacia Metropolitana de Aracaju, localizada na Zona Norte da capital. De acordo com a polícia, Sukita é o único dos suspeitos que vai ficar em cela comum por não possuir ensino superior.
Transferência do grupo acontece para presídios do Estado.
Entenda o caso
O ex-prefeito do município de Capela, Manoel Messias Santos, conhecido por Sukita, foi preso no apartamento dele, em Aracaju, no início da manhã desta terça-feira (3), na relização da Operação Policial POP que também ocorreu simultaneamente no município. Ele é suspeito de lavagem de dinheiro. A operação também prendeu a esposa e a irmã de Sukita, além de um secretário do município durante sua gestão.
O delegado Roberto Laureano Cury explicou como eram realizadas as transações. “A quadrilha movimentava o valor entre diversas contas da prefeitura que envolviam recursos federais, estaduais e próprios. Esses valores eram sacados em dinheiro em grande quantidade e de forma sistemática e alguns desses valores supostamente, ou aparentemente, iam para as contas desses investigados e eram usados na aquisição de patrimônios para eles”, afirmou.
A Polícia Federal investiga os crimes de lavagem de dinheiro, Lei nº 9.613/89, e de responsabilidade por parte do ex-prefeito, Decreto Lei nº 201/67. Já na Polícia Civil, tramitam três inquéritos policiais para investigar crimes de responsabilidade supostamente praticados por Manoel Messias Sukita Santos durante sua gestão em Capela, condutas descritas no Decreto Lei nº 201/67.
Também existem procedimentos nos Ministérios Públicos Federal e Estadual para apurar atos de improbidade administrativa por parte de Manoel Sukita, ao longo de seus mandatos de prefeito.
Segundo levantamentos realizados pela Controladoria Geral da União (CGU), constam diversos indícios de irregularidades na aplicação e prestação de contas de recursos federais, por parte do ex-gestor, em convênios firmados junto a vários Ministérios referentes a compra de ônibus, saneamento, transporte rural, alimentação escolar, entre outros.
Com informações do G1SE